O Cocô direcionado





              Dia desses ao sair de casa deparei-me com uma cena quiçá hilariante.
Uma cidadã bem vestida, segurando pela corrente uma cadelinha preta, da raça poodle, estava em posição fecal em frente ao meu portão, tentando eliminar as fezes que tanto a incomodavam.
Eu sei que é um dos momentos mais íntimos do ser humano, mas no caso não era a dona em questão.

Fiquei muito brava e questionei a cidadã:
___O que é isso? Em frente ao meu portão...
Ela simplesmente na maior cara de pau me respondeu
___ É porque ela tem prisão de ventre e onde dá vontade de defecar eu tenho que parar.
___Tudo bem minha senhora! Respondi indignada, mas aqui não é o lugar apropriado

     Vi que o cocô estava prestes a sair, e gritei:
___Vire o popô dela para a beira da calçada para que caia na rua. Vai ficar mais fácil da senhora limpar.
Assim ela fez e a pobre animalzinho pode respirar aliviada.


          A cidadã sem se importar com o meio ambiente já ia se retirando quando a interpelei:
___Calma! Agora a senhora vai limpar.
___Mas como? Respondeu__me em tom de arrogância

Interfonei para minha filha e pedi que trouxesse vassoura pá e um saco plástico.
Ela limpou realmente, mas naquele instante ela deve mentalmente ter me mandado para
A ponte que caiu e mais alguma coisa.
Ao terminar o serviço, falou em tom irônico:
Está bom? Mais alguma coisa.
Aline Sierra
Enviado por Aline Sierra em 07/12/2008
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T1323179
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