RECICLAGEM DO LIXO

RECICLAGEM – palavra muito em moda hoje, é um termo utilizado, geralmente, para indicar o reaproveitamento de materiais do lixo para a produção de novo produto. Este vocábulo surgiu em 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior atenção e rigor.

Reciclagem é o resultado de uma série de atividades, pelas quais os materiais que se tornaram lixo ou que estavam no lixo são coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura ou produção de novos produtos.

Dentro do processo de Reciclagem, a primeira ação deve ser a da separação dos vários componentes do lixo, a saber: papeis, papelão, plástico, borracha, baterias e pilhas, vidro, materiais orgânicos e os metais que, por sua vez, devem ser separados segundo a sua natureza, em alumínio, cobre, prata, e metais ferrosos.

A reciclagem do lixo é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de lixo na natureza, como também para poupar o meio ambiente da poluição e da extração indiscriminada dos recursos já escassos da natureza, como o dos vegetais e minerais.

Hoje, o acúmulo de lixo e a maneira de nos livrarmos dele já não é um problema apenas de uma cidade ou comunidade, mas de todo o mundo.

As Prefeituras adotam um sistema, aparentemente mais simples e mais barato, recolhendo todo o lixo de uma cidade e acumulando tudo nos famosos “Lixões”, onde o local não foi convenientemente preparado e tratado para receber toda essa escória. A cidade se livra do lixo, mas os “Lixões” continuam a contaminar o ambiente, poluindo os córregos, as nascentes e o lençol freático, sem falar no aspecto degradante e nauseabundo do local e proximidades, pelo mau cheiro exalado do monturo, afastando pássaros, animais e seres humanos.

Além desses locais determinados pelos poderes públicos e por eles chamados de “Aterros sanitários” para a descarga de todo o lixo recolhido da cidade, há tantos outros terrenos vazios e abandonados pelos proprietários e sem fiscalização do poder público, onde a falta de conhecimento, consciência sanitária individual e educação ambiental, são transformados em depósito de tudo aquilo que não mais interessa na própria casa.

Nos tempos atuais parece que todo mundo se preocupa com este problema. São muitas as ONGS e até empresas tentando resolver ou sugerindo soluções.

Somente os poderes públicos, sejam municipais, estaduais ou federais não pensam, com seriedade no assunto, talvez para se eximirem da responsabilidade de resolverem a questão.

Nessa lacuna dos poderes públicos surgem, aqui e ali, Cooperativas que congregam pessoas simples e sem profissão definida para trabalharem com esse material e tentar tirar algum proveito financeiro desse trabalho. São, geralmente, pessoas que já catavam papeis e papelão na rua e que agora se juntam em Cooperativas para trabalharem mais protegidos e usufruírem de algumas facilidades que o sistema de Cooperativa oferece.

Mas, para que o resultado do trabalho de reciclagem apresente resultados positivos para as pessoas e para o meio ambiente, é necessário que haja um primeiro trabalho que é a separação dos vários componentes do lixo, e deste trabalho fogem todos os poderes públicos.

Algumas empresas, no afã de mostrarem ao público a sua preocupação com o meio ambiente e usufruírem de alguns benefícios fiscais previstos e se tornarem mais conhecidas e respeitadas no difícil campo da competição, produzem e divulgam informações sobre o assunto e até implantam, ainda que em etapas primárias e definidas, o trabalho de separação do lixo.

Ressaltamos, aqui, o trabalho louvável e positivo de inúmeros condomínios, cujos administradores não poupam trabalho e organizam, entre seus condôminos, todo o trabalho de orientação, separação, guarda e destinação do lixo produzido no condomínio e ainda lucram com a venda desse material,

Se a produção de lixo é inevitável em toda a vida e ações do ser humano, o que fazer para que o nosso planeta não se torne um grande e insuportável lixão? Se a produção do lixo é inevitável temos que buscar uma solução que, de alguma maneira, possa resolver o problema ou, pelo menos, minimizar os efeitos maléficos dessa indesejável companhia.

Não podemos ficar à mercê dos poderes públicos constituídos para que resolvam o problema do lixo, pois eles estão preocupados apenas com aquelas ações que lhes garantam votos.

Como cidadãos e consumidores podemos refletir sobre a importância dos três “Rs”que formam a cadeia de ações para conseguirmos um meio ambiente limpo e sadio: R de Reduzir; R de Reutilizar e R de Reciclar.

1) REDUZIR – Reduzir todo e qualquer desperdício de material;

2) REUTILIZAR – Reaproveitar o material contido no mobiliário ou objeto antigo para a confecção de outro produto, seja para ser usado como adorno ou outra utilidade;

3) RECICLAR – Reciclar, ou melhor, separar para a reciclagem, pois na verdade, o indivíduo não recicla (a não ser os artesãos de reciclados).

O termo RECICLAGEM, tecnicamente, não corresponde ao uso que fazemos dessa palavra, pois reciclar é transformar algo usado em algo igual e novo. Por exemplo, uma latinha de alumínio, pós – consumo do líquido ela é transformada, por processo industrial, em uma latinha nova. Neste caso, não se trata de reciclagem, mas de reutilização, pois quando transformamos um objeto em outro novo objeto igual ao anterior, estamos praticando a reutilização daquele material.

Como consumidores podemos praticar as ações de Reduzir, Reutilizar e participar da Reciclagem, separando os vários componentes do lixo que produzimos e pesquisar as alternativas de destinação ecologicamente correta desse material, seja armazenando e entregando para uma Cooperativa ou outra Entidade Filantrópica ou guardando para que a Prefeitura o retire nos dias previstos.

Narciso de Oliveira
Enviado por Narciso de Oliveira em 09/12/2008
Reeditado em 17/08/2010
Código do texto: T1326955