Ser humano: o ápice da criação divina; o “top of line” de Deus. Assim aprendemos e cremos.
Mas, uma inquietude nos ocupa o pensamento e o coração quando lembramos de alguns nomes como João Hélio, Isabella, Luciana, Daniella, Eloá…e tantos outros, infelizmente.
Como pode a obra-prima celeste ser capaz de atuar deliberada e crudelissimamente contra a VIDA?
11 de setembro de 2001: o Brasil e o restante do mundo (quase todo), ficou chocado com o atentado terrorista contra os EUA. Eu também, é claro. Mas, como a hipocrisia nunca esteve na minha lista de “desafios pessoais a vencer”, percebo que este mesmo país que parou e ainda faz memória enlutada pelo  referido 11 de setembro, tem um dos maiores índices do mundo, de abortos provocados por ano. Isto nos diz que, maior é o número de bebês assassinados, todos os dias , por aquelas que lhes deveriam guardar a vida, do que os mortos nas torres gêmeas! Não sejamos patéticos! Paremos de choramingar pelo 11 do nove dos EUA e choremos alto  por nossos bebês brasileirinhos e indefesos, mortos todos os dias!
O cerne da questão é que, bem e mal, amor e ódio, luz e treva coexistem dentro nós. Alguns gostam de atribuir à influência diabólica estas tantas atrocidades que testemunhamos. Não concordo, e não concordo mesmo! Se a “moda pega” o diabo será um ótimo álibe para criminosos e assassinos. Mas, a verdade é que o ser humano é o responsável por seus atos: fomos presenteados com o livre-arbítrio. A não ser que, respeitando a lei dos homens, possamos processar e punir rigorosamente o diabo, tenha ele a alcunha que for: Silva, Von Richtofen, Nardoni, Pereira, Jatobá, quem sabe?  Bem, se fizéssemos os demônios todos responderem por seus atos hediondos, por mim, tudo bem…
Tudo bem, nada! Temos que aprender a lidar com o nosso dualismo. Deus não nos fez perfeitos, mas nos fez perfectíveis! Podemos progredir se encararmos nossos “desafios pessoais” e nos esforçarmos para vencê-los. Isto é entrar em um  processo, cada vez mais profundo de humanização . Pois  quanto mais humanos formos, mais perto do divino estaremos! É… não é mesmo nada fácil. Mas que mérito teria se o fosse?  

Andreia Jacomelli
Enviado por Andreia Jacomelli em 04/01/2009
Reeditado em 05/01/2009
Código do texto: T1367690
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