O Animal Suicida

A guerra não tem fim, não é?

Estamos vendo mais um confronto entre israelenses e palestinos. Mais um, mais dois... E assim a conta vai e quando a gente nota - e já notamos há muito tempo - isso fica fazendo parte de nosso dia-a-dia e nem nos importamos mais. Por exemplo: vi um reportagem sobre um atentado terrorista em que uma mulher foi usada como bomba literalmente. Parecia reprise, tirando apenas o número de feridos e mortos. Mas é isso que essa guerra toda é: uma tremenda reprise.

Desde as primeiras cruzadas, mulçumanos e nós - ocidentais em geral - somos caça e caçador. Confrontamo-nos (generalizo, pois cada um tem uma responsabilidade) e acabamos nem ligando pra própria vida. Se for pra morrer mas levar dez "deles", então não há problema nisso. A guerra que vivenciamos é suicida: não importa nada, morrer em nome do ideal faz parte disso e de qualquer outro embate. E hoje? O que há no Oriente Médio? A simples retratação da guerra suicida que descrevi: Israel entra para lutar e acaba abrindo mão do próprio povo em nome da soberania e o Hamas faz o mesmo. E eu pergunto: qual povo sobreviveria à uma guerra de vários e vários anos? O que restará no fim disso tudo? As lágrimas de crianças, mulheres e homens. Até a conclusão deste texto já chegava a casa de 555 mortos as vítimas desse novo conflito Israel e Palestina.

O mundo só vai saber o que é certo e errado quando os erros forem irreversíveis e os danos generalizados. Até lá, conviver com a irracionalidade humana será como ver as "reprises" de atentados terroristas... Só resta esperar.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 05/01/2009
Código do texto: T1369543
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