Justiça com as próprias mãos

Podem me acusar de generalizar as coisas, sei que não o devo.

Mas peço aqui uma licença poética para usar termos de generalização, e também minhas desculpas antecipadas aos que não se enquadram no texto que lerão agora.

A democracia brasileira é algo tão complexo que até a conjugação dos verbos se aplica de forma diferente em nossas "casas de leis".

Denunciar: Eu denuncio. Tu denuncias. Eles ignoram.

Pedir: Eu peço. Tu pedes. Eles ignoram.

(mas são uns ignorantes mesmo hein)

Pagar: Eu pago. Tu pagas. Eles nos passam a perna!

Confiar: Eu confio. Tu confias. Eles nos passam a perna!

(e nem podemos chamá-los de cobras, pois se fosse o caso não teriam como nos passar a perna)

Votar: Eu voto. Tu votas. Ele vota. Nós votamos. Vós votais. Eles...

...bom, eles continuam lá. Sambando no nosso orgulho, abusando da nossa paciência em esperar por dias melhores, menosprezando nossa inteligência.

Poder: Eu posso. Tu podes. Ele pode. Nós podemos mudar tudo isso!

Esse ano tem eleição. Informe-se a respeito dos candidatos, não vote em alguém por ele estar bem nas pesquisas. Procure o candidato mais justo, mais digno de ser votado, e mesmo que ele aparentemente não tenha chances de ganhar vote nele.

O voto é a melhor maneira de fazer justiça com as próprias mãos.

Marcelo Pizani
Enviado por Marcelo Pizani em 12/04/2006
Reeditado em 12/04/2006
Código do texto: T137854