Leilão de Valores

Enquanto o diálogo entre Catarina e sua “pretendente” rola solto, entre lágrimas de pura paixão, tentando por todos os meios demonstrar o tom de “normalidade” deste relacionamento, uma mãe jura a morte aos filhos “delinqüentes” e abandonados de 3 e 4 anos, por roubarem o seu dinheiro.

Decorando as próximas falas, um casal de idosos, após viverem aproximadamente 50 anos juntos e constituírem família, resolve-se que algo está errado e que a separação é a melhor solução. Afinal sua namorada de infância teve seu marido assassinado e a “porteira está aberta”. É questão de esfriamento de memória e do defunto, é claro.

Em outra “casa de família” uma prostituta de aproximadamente 70 anos se encontra com seu ex-parceiro e festeja na presença de todos, inclusive seu neto, como se ainda estivesse na ativa. Nada mal!!.

Trilha sonora? Que tal um “beijinho doce” ao sabor de um “churrasco do bom” numa chapa que promete que vai esquentar? Perfeito!

E a família? Ora, estamos em hora de “reunião”. Afinal todos torcem para que a Flora se dê mal. Mas que importa, não é de hoje que a flora esta se dando mal. Não só a flora mas também a fauna, certo?

Estamos indo muito bem!!. Santa Catarina que o diga!.

Entre um capítulo e outro alguém anuncia sua participação no BB, declarando que irá fazer de tudo para se dar bem, inclusive mentir. Afinal todos mentem, afirma no alto de seus conhecimentos.

Ora, troque de canal, meu amigo, alguém poderia sugerir. Tudo bem, eu mudo, mas você promete fazer o mesmo? Seu vizinho também? Não!

Alguém de sua rua mudará de canal? Talvez!..

Somos a minoria e a preocupação aqui é um pouco mais abrangente.

O leilão está aí. Nossas opções são inúmeras. Afinal o controle remoto tem suas finalidades.

Ah, mas ainda bem que essa patifaria vai acabar na semana que vem, dirão alguns.

Que bom!! Quais são as nossas expectativas com relação aos próximos personagens? E que “valores” cada um trará consigo?

Resta-nos as esperança que pelo menos a trilha sonora seja original, afinal estamos a “Caminho das Índias”.

Vamos aguardar, digo, aguarde quem quiser, tolerância tem limites.