AME A VOCÊ MESMO

O milagre da vida está em bem viver essa vida. Está em conseguirmos enxergar nas pequenas coisas do nosso dia a dia, o que é, e o que não é importante para nós, para a nossa saúde psíquica.

Se duas ou três páginas de uma boa leitura lhe fortificam o espírito, com o mínimo de sabedoria adquirida, que as leias. Se um apetitoso prato com as mais deliciosas iguarias, não lhe apetece o estomago, que o rejeite, pois, assim estará saciando o seu “Eu”, ativando o primeiro código da inteligência – Augusto Cury – e vivenciando a sensação de bem estar em sua psique.

É importante que o ser humano se desprenda das agruras, que é a busca da felicidade por meio da grandiosidade tão inerente a raça humana. O foco obsessivo do homem pela glória, o afasta das simples coisas que permitem uma felicidade pela vida, por si e pelos outros, como outros que são.

Você já parou para ouvir o silêncio? – não? – Então você não sabe o que está perdendo, ouvir a nós mesmos, alcançar os nossos desejos e as nossas repulsas interiores é o que há de mais eloqüente do nosso “Eu”, aquilo que só nós conseguimos ouvir em nós mesmos, o silêncio.

Os pequenos momentos passam em nossas vidas sem grandes alardes, todavia, são eles os responsáveis pelas boas lembranças que guardamos durante toda a nossa vida. Mas que só os valorizamos, quando paramos para ouvir o nosso silêncio.

Aprendamos com os mais frágeis seres que habitam a terra, como os pássaros, que se banham nas pequenas corredeiras, comem os minúsculos grãos silvestres, repousam nos finos galhos das árvores e mesmo assim cantam suas alegrias, como um ser humano jamais cantou, e toda a natureza silencia para ouvir os seus trinados, numa alegria que é de todas as espécies viventes, menos a humana.

Que aprendamos também a valorizar as pequenas coisas e com isso, quem sabe, não possamos um dia ganhar a nossa felicidade, sempre tão procurada; porem nem sempre encontrada, em função do desprezo que temos pelos diminutos acontecimentos, que sempre deixamos voar, como os pequenos grãos de areias que se movimentam no infinito caminho do cosmo.

E que sejamos felizes para sempre.

Rio, 20 de janeiro de 2009

Feitosa dos Santos