Palavras...
Entre a palavra falada e a realidade pode haver alguma distância.
Podemos nos frustrar ou nos surpreendermos.
Expectativa?
Ansiedade?
Em busca da perfeição, inclusive no sentir, normalmente nos decepcionamos.
É o acordar do sonho.
Então mutilamos nossa alma.
Por que o sonho é a única propriedade exclusivamente nossa.
É nosso roteiro de viagem.
E para viajar é preciso apenas existir.
Nada mais.
O problema é que a sinceridade é algo momentâneo.
Podemos ser sinceros em algum momento por acreditar no sentimento sentido.
Porém podemos, da mesma forma, ser sinceros, num outro momento, com o sentimento contrário.
Quando cansados da solidão, amamos.
Egoísmo?
Não penso assim.
Amamos para estar juntos.
Compartilhar.
E se assim não acontece, sofremos.
Muitas vezes sofremos antecipadamente, sem necessidade.
Sem saber ser necessário.
Esperamos o infortúnio.
Amargamos nossa vida.
Por que não há sofrimento maior do que a espera do sofrimento.
Somos perturbados pelo que não vemos.
Desconsideramos o que vemos.
Falamos...
Quase sempre sem dar muita importância a palavra dita.
A palavra não é a essência da comunicação.
É o olhar.
Ansiedade?
Sim.
Agora não bastam as palavras.
Nem ditas, nem escritas.
Chegou o momento do olhar.
E ponto.