Amor de mãe

A gente vem ao mundo sem saber o que esperar e como será nosso caminho, a vida naquele instante passa a ser uma caixinha de surpresas, não somente para mim que no momento estou em algum colo de alguma enfermeira, mas para meus pais. A dificuldade já é encarada na primeira troca de fralda ou até mesmo antes, quando o “dito guri” não para de chorar. Apesar dos pais aprenderem a contornar situações ate então inusitadas, dar banho, limpar as fraldas, passar talco, acordar no meio da noite com o choro da criança, enfim, isso eles aprendem na marra, mas o pobre bebe, ali mercê aos perigos do mundo, não tem muito que fazer, somente chorar, fazer coco, ok, aquela baderna toda né.

Então, fico me perguntando do por que de tantos mimos, carinhos e preocupações que nossas mães têm com seus filhos e não há exceção, todas as mães se preocupam igual com seus filhotes. O vinculo que se cria deste a concepção até o nascimento é algo inacreditável, como um ser tão microscópico pode fazer uma diferença na vida de tantas pessoas? Amor de mãe não morre, não diminui, só aumenta. Certo dia ouvindo o Pretinho Básico na Atlântida-RS, ouvi a Rodaika (Apresentadora do Patrola-RS/RBSTV e estrela móvel do Pretinho Básico, casada com Alexandre Fetter, pau pra toda obra na Atlântida-RS), falando sobre o amor que ela têm pelos seus filhos. Ela tem uma menina e um menino, e quando foi perguntado a ela se o amor de mãe ia se dividir quando nascesse seu filho, a resposta veio como uma direta, “Posso ter 10 filhos e vou amar os 10 da mesma forma. O amor de mãe se multiplica, tem espaço no coração para os 2 (Théo e Brenda).”

Amor de mãe é sempre bom, não adianta, sempre que queremos uma comidinha diferente, ela vai lá e faz, se queremos um cafuné, nossa mãe tem as melhores mãos pra nos acariciar, mas tem um porém, amor é cuidado, mas em demasia enche o saco. Não quero criticar quem cuida dos seus filhos, está certo mesmo em cuidar e proteger, mas é preciso deixar quebrar a cara pra aprender. Digo que na minha família, pai e mãe, me deixaram livre pra fazer o que quiser, só que com uma condição, se eu fizesse algo de errado eu ia saber das conseqüências e ia ter que resolver o problema sozinho. Um exemplo disto foi uma vez quando eu ia sair pra uma festa e meu pai meio que prevendo o que ia acontecer falou “Se tu quiser transar, use camisinha, senão tu assume o risco sozinho, não vou ajudar em 1 centavo”, pronto o recado tava dado, este tipo de educação e cuidado é saudável, até porque se teus pais te colocarem numa “bolha” onde você tem toda a segurança não conseguirá resolver teus próprios problemas e a frustração será enorme num futuro próximo.

Aqui em casa minha mãe ate se excede com os cuidados, já tenho 24 anos, mas ela ta sempre ali, perto, querendo saber de tudo, e olha que eu já moro sozinho, quando venho para a casa deles a paparicada e as frases “aonde você vai” são constantes. Isso me enche o saco, admito, mas como é amor de mãe a gente deixa passar. Até porque amor de mãe e de filho nunca morre!