DIZ AMOR

Diz amor, diz tudo que eu quero ouvir! Fala tudo, mesmo. Das mais singelas palavras, aos mais secretos pensamentos, inclusive as palavras que mais te dão vergonha de proferir! Diga tudo, ame tudo, não arrependa-se! Me dá a mão, vamos pular juntos, sem saber onde cairemos. Estou ao teu lado agora, não há mais o que temer. Diz então, se é que tudo isso pode ser dito. O que posso dizer: SINTO. Está aqui dentro, guardado e inegavelmente estampado em meu rosto, um sorriso exposto de felicidade declarada. Mas diz, quero ouvir! Melhor escrever, então escreve...mas diz, porque ao falarmos, escrevermos, podemos sair desta chuva sem nos molharmos...ou será que queremos nos molhar, encharcarmos as roupas d´água, um banho de chuva juntos, um abraço molhado, um beijo apertado de saudade. Diz amor, me fala como proceder, como compreender o que nem podemos supor que exista lá embaixo, a nossa espera!

Estou aqui mesmo, para ouvir, saber de tudo e te dar colo quando precisares, quando quiseres e quando o frio apertar. A chuva cai lá fora, saí de casa e fui recebê-la. Que banho de chuva gostoso! Momento que não passava desde criança. Como sonhei com você ali, dizendo tudo que sempre escreves, só que de forma diferente: agora perto e em meu ouvido, diz, diz tudo amor!

Sanderly Correia.

Sanderly Correia
Enviado por Sanderly Correia em 21/02/2009
Reeditado em 24/05/2010
Código do texto: T1451495
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