O apócrifo evangelho segundo Judas – um comentário em desalinho.

(...) Então disse a mim mesmo: “que eu faça um blog e quando vier o tempo das águas que eu plante também uma árvore”. Passou o tempo das águas, e a árvore, porém, não plantei, apesar de ter participado da plantação de um vistoso buganvile, do qual discorrerei oportunamente. Pois então, o blog (www.cronicasdojoel.blogspot.com) está aí, parece-me bom discorrer semanalmente sobre os “causos” de cá comigo e plantar pelo mundo afora (o mundo inteiro que fala o português, lê este blogue) um pouco desta "vidinha mais ou menos", numa cidade que tem um rio que a corta ao meio, mas não é o Tejo, mas é o Tejo porque pra mim é como se fosse, num país que não tem rei, mas o presidente já foi sapo e a primeira dama, porque não? É Cinderela. Venho eu a divertir-me a mim e a outros com a minha presunção literária. Era só isso que eu queria deste veículo (blog). Mas, Bah! (como os gaúchos), não resisti à tentação, e como os milhares, resolvi dar umas pitácoras, numa seara verdadeiramente espinhosa: A religião.

(...) Então, o evangelho segundo Judas, um texto de 30 páginas (30 páginas e não moedas), cópia de um manunscrito do século II, dado como perdido, agora levado a público, está dando o que falar. Refratado, naturalmente, pela maioria da cristandade, devido a sua conflitância com as descrições dos evangelhos chamados canônicos. Li um trecho e não é que pareceu um lume? Eis o trecho: “Quando se aproximou de seus discípulos, sentados e oferecendo uma prece de agradecimento sobre o pão, Jesus riu. Os discípulos disseram: ‘Mestre, porque está rindo de nossa oração?’ Então Jesus respondeu: Eu não estou rindo de vocês. Vocês não estão fazendo isso porque desejam, mas porque pensam que através disso seu Deus vai ficar honrado”.

(...) Então, até nas orações de muitos da cristandade há hipocrisia. Quantos, nas preces, pedem por seus semelhantes, porque assim o mestre falou. Mas de fato cumprem isso como obrigação, para tentar agradar a seu Deus e ganhar assim as benesses do todo-poderoso? Eu chamo isso de escambo.

Não se chateem comigo. Logo falarei do buganvile e de uma estória que faria rubor na face do Nelson Rodrigues. Continuem a passar por aqui!

Joel Rogerio
Enviado por Joel Rogerio em 26/04/2006
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