É...
Alguém deve lembrar-se das 'maquininhas'... Quem lembra, fala delas...
Patrimônio Nacional... Mundial!!
Daquelas que colocavam uma etiqueta sobre outras etiquetas...
Era uma "resma" de papeizinhos retangulares com borda ou sem borda...
Chegávamos às esquinas das prateleiras com um peso nos ombros...
Ao pagarmos as compras, outro peso... Ou seria leveza, na carteira... Faz tempo, não recordo...
Acho que o peso maior era para carregarmos as sacolas, de plástico, e apenas uma... (porque a moça do caixa não podia dar mais de uma, ordens da casa...!!!)... Mas, volto ao peso...
O carregar era o mais pesado. O peso da cobrança em casa... Faltou isso, faltou aquilo... O dinheiro não foi o suficiente...
Passei pela farinha... Fui empanada pelo medo... Na embalagem, quilos de burrice empacotada ( o trigo é nosso?)... Ainda bem que não pesavam novamente o saco... Com tantas etiquetas penduradas, era bem provável que um quilo de farinha pesasse um quilo e cem de angústia reciclada...
Bom... A inflação a mil... Os repositores das prateleiras não tinham descanso... Certa vez, uma moça agitada foi capaz de grudar a nova etiqueta no produto que eu carregava... Estava cega... Só via o que lhe tinham dito... "O preço mudou... O preço mudou"...
Vejo nisso, falta de tecnologia... Bem melhor hoje em dia!!!
Muda-se o preço no sistema...
Nas prateleiras, raramente, os produtos têm etiqueta com preço na embalagem... Ficou muito mais fácil!
Basta uma... bem grande e ilegível... O preço, agora, é da "prateleira"... Dias modernos...
Os funcionários não ficam mais constrangidos em dizer que o valor subiu... Há outra maquininha para verificar o preço... Basta passar o código de barra e o leitor passa pelo constrangimento digital...
Alguns dizem que "as máquinas substituirão o homem"... Quanto pessimismo... Pode até ser... Quem sabe um dia... Mas,
acredito que certas máquinas substituem, aos poucos, a clareza de informação...
Quanto mais praticidade... Menos enxergamos o fato escancarado...
Não pude pagar o exame cardíaco, ontem... Culpa do sistema...
O exame vai ser feito, hoje... Será mais caro... Será!!? ... Vou correr pelas prateleiras e chegar, rapidamente, ao caixa... Ufa! Deu tempo...
O mundo é perfeito... Em ondas... Em mar... Em belezas naturais...
A podridão, ninguém quer ver... Esconde-se, nos números atentos daqueles que paginam as entrelinhas dos preços... Nós!
Uma promoção! Todos correm... Tudo em até dez vezes, sem juros!!! OBA!!...
Epa! Espera aí... Sem juros!?... Alguém está feliz?... Surpreendendo-me com uma boa ação, pois não?...
Mas, adoramos pensar assim...
"Venha! Venha logo! Isso é pra arrasar! De 49,90 por 59,90... Imperdível"...
08:02
Alguém deve lembrar-se das 'maquininhas'... Quem lembra, fala delas...
Patrimônio Nacional... Mundial!!
Daquelas que colocavam uma etiqueta sobre outras etiquetas...
Era uma "resma" de papeizinhos retangulares com borda ou sem borda...
Chegávamos às esquinas das prateleiras com um peso nos ombros...
Ao pagarmos as compras, outro peso... Ou seria leveza, na carteira... Faz tempo, não recordo...
Acho que o peso maior era para carregarmos as sacolas, de plástico, e apenas uma... (porque a moça do caixa não podia dar mais de uma, ordens da casa...!!!)... Mas, volto ao peso...
O carregar era o mais pesado. O peso da cobrança em casa... Faltou isso, faltou aquilo... O dinheiro não foi o suficiente...
Passei pela farinha... Fui empanada pelo medo... Na embalagem, quilos de burrice empacotada ( o trigo é nosso?)... Ainda bem que não pesavam novamente o saco... Com tantas etiquetas penduradas, era bem provável que um quilo de farinha pesasse um quilo e cem de angústia reciclada...
Bom... A inflação a mil... Os repositores das prateleiras não tinham descanso... Certa vez, uma moça agitada foi capaz de grudar a nova etiqueta no produto que eu carregava... Estava cega... Só via o que lhe tinham dito... "O preço mudou... O preço mudou"...
Vejo nisso, falta de tecnologia... Bem melhor hoje em dia!!!
Muda-se o preço no sistema...
Nas prateleiras, raramente, os produtos têm etiqueta com preço na embalagem... Ficou muito mais fácil!
Basta uma... bem grande e ilegível... O preço, agora, é da "prateleira"... Dias modernos...
Os funcionários não ficam mais constrangidos em dizer que o valor subiu... Há outra maquininha para verificar o preço... Basta passar o código de barra e o leitor passa pelo constrangimento digital...
Alguns dizem que "as máquinas substituirão o homem"... Quanto pessimismo... Pode até ser... Quem sabe um dia... Mas,
acredito que certas máquinas substituem, aos poucos, a clareza de informação...
Quanto mais praticidade... Menos enxergamos o fato escancarado...
Não pude pagar o exame cardíaco, ontem... Culpa do sistema...
O exame vai ser feito, hoje... Será mais caro... Será!!? ... Vou correr pelas prateleiras e chegar, rapidamente, ao caixa... Ufa! Deu tempo...
O mundo é perfeito... Em ondas... Em mar... Em belezas naturais...
A podridão, ninguém quer ver... Esconde-se, nos números atentos daqueles que paginam as entrelinhas dos preços... Nós!
Uma promoção! Todos correm... Tudo em até dez vezes, sem juros!!! OBA!!...
Epa! Espera aí... Sem juros!?... Alguém está feliz?... Surpreendendo-me com uma boa ação, pois não?...
Mas, adoramos pensar assim...
"Venha! Venha logo! Isso é pra arrasar! De 49,90 por 59,90... Imperdível"...
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