Trechos de um diario: A amante

Ao pagar novamente o alto preço de abrir mão do meu orgulho, admito, sinto no peito a latente, e negada ao extremo, sensação mágica de encantamento: apaixonada. Tolice de proporções diluvianas em minha alma racional; estou sucumbindo no lastimoso estado de total vulnerabilidade: em suas mãos.

Sonhando com o impossível, o que bem cabe no ideal, mas nunca do real, é minha fuga confortável, é o vôo ao mais distante ideal, com um pouso suave sobre as nuvens das mais doces ilusões...

A dor que dilacera-me o peito diz de sua ausência, de sua impossibilidade de ser meu. E a idiota, tão douta em vários aspectos, mas entrelaçada em teias invisíveis de sentimentos, apenas se entrega, quase implorando ser afogada em todo este mar de desejo e satisfação, é a decadência de meu ser...

Já iniciei a leitura de cinco livros só esta manha, mas não adianta meu foco esta em você, nos seus olhos, no seu sorriso, em tudo o que só você sabe ser, que me encanta e me faz ter um sorriso grudado no canto dos lábios, é um turbilhão no estomago, é uma ansiedade, um aperto o peito... que gera um prazer tão intenso que até a mais trágica situação perde o poder de altera meu humor, é um santo remédio para os males...

Estou sentada na varanda, o vento agita meu vestido, e sinto vontade de cantar algo como: “To com saudade de você censurando meu vestido, com juras de amor... ao pé do ouvido...”, estou te querendo, desejando com cada poro sua presença como uma adolescente sonhadora, e isto me envergonha e me dá vida, te quero tanto que chego ficar sem ar! Isto soa como loucura, saído de meus dedos soa como a total perda de senso de uma mulher comedida e séria...

T Sophie
Enviado por T Sophie em 10/03/2009
Reeditado em 11/03/2009
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