Amor - Indiscutível Majestade

O amor ainda reina absoluto sob a luz dos olhos dos que acreditam que o mundo com amor pode ser um lugar melhor para se passar a brevidade do tempo ao qual pertence a vida.

Conheço muitas pessoas que dissertam sobre o amor, convictos de que ele seja cura para muitos males e, inevitavelmente, eu faço parte desse rol de pessoas.

Já perdi a conta de quantos poemas li e escrevi, e ainda que eu passasse a vida sem sair da frente desse computador, não daria conta de lê-los todos, porque a cada instante mais versos são escritos, incessantemente.

E são tantos que riem e choram seus amores felizes e realizados, desfeitos, traídos, platônicos, impossíveis.

Feridas que ainda sangram, cicatrizes à mostra, alegrias e frustrações.

É igual o sentir para os muito jovens, para os adultos e para aqueles que já julgavam ter encerrado sua fase de amor na vida.

São as estréias, os recomeços e com eles todo o aprendizado.

São as fantasias mais absurdas, as realidades mais encantadoras, os medos e as dúvidas.

As pernas que não obedecem, os abraços que se encontram, palavras que os lábios não dizem, mas que os olhos fixos em outros olhos podem ler.

São gestos simples, um e-mail, um telefonema à toa, para uns bobagens e amenidades, para outros, faz valer um dia que parecia estar perdido.

E são litros de lágrimas de alegria e de dor.

É a esperança renovada e a condenação ao sofrimento que parece eterno.

Reverenciado pelos astros e estrelas do céu, iluminado pela Lua, aquecido pelo Sol.

Infinito como o mar e refrescante como a chuva.

Semente viva no solo fértil de corações que pareciam desertos antes de sua chegada.

E tem sido assim desde que o mundo é mundo.

Ah, esse amor que veio para ficar de uma vez por todas. Disfarça-se de amizade, de bem querer ou de indiferença.

Faz que não vê, mas tudo enxerga, faz que não liga, mas queima de ciúme.

Muitas vezes apedrejado e caluniado pelas atrocidades dos que em seu nome perdem o senso do equilíbrio e o controle de si mesmos.

É a capacidade humana de amar que nos aproxima do divino.

É a divindade do amor que nos faz humanos.

É a crença no seu poder infinito de realização que faz com que sigamos adiante, fiéis ao sentimento que temos, nos tornando capazes de viabilizar o impossível, ainda que o mundo à nossa volta se empenhe para nos provar do contrário.

Alguns comparam o amor a uma batalha. Eu particularmente não gosto dessa comparação. Mas, se assim fosse, só conseguiria vencê-la aquele soldado que se rendesse e a ele se entregasse.

Nesse sentido, o amor não é o inimigo que parece e só faz bem.

Fernanda Vaitkevicius
Enviado por Fernanda Vaitkevicius em 22/03/2009
Código do texto: T1499174
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