Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves...

Dedico este texto a meu amigo Giovany.

Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves... Todos atentos olhando pra TV! Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves... Uma historinha bem gostosa de se ver!!! E tinha o seu Madruga, o Kiko, a Chiquinha, Dona Florinda, o professor Girafales, Nhonho, seu Barriga, e pra não ficar citando tanto, páro na Dona Clotilde (a brucha do 71).

Podem me achar ridículo (ridículo mesmo é quem não é feliz. Eu sou feliz), mas o Seu Madruga mandava uns “papos maneros”, e eu não via coisa de maior valor: "Não existe trabalho ruim. O ruim é ter que trabalhar". "Quando a fome aperta, a vergonha afrouxa..." "A vingança nunca é plena: mata a alma e a envenena". “As pessoas boas devem amar seus inimigos. Mas amar os idiotas é quase impossível". E pra não ficar citando tanto (de novo), paro numa divertidíssima: "Dá uma licencinha que o Madruguinha vai tomar um cafézinho".

Pois aquele menino pobre e órfão que morava num Barril, numa vila em que todos os personagens eram em maior ou menor grau, pobres, enriqueceu de alegria tanta gente que não tem alma pequena, por esta América latina. Mas agora aparece um outro Chaves na tevê. Acho que vou comentar um pouquinho sobre ele ("Tá bom, mas não se irrite!"). Pois o coronel Chaves também já teve um “pouquito” da minha simpatia, principalmente porque as classes dominantes da Venezuela, e o governo dos EUA, que considera a América Latina como seu quintal, nunca aceitaram o tenente-coronel Hugo Chávez no poder. Fato que me trouxe simpatia ao Coronel, foi a resistência popular à tentativa golpista, liderada por Pedro Carmona que defendia uma política de interesse próprio, intimamente ligado aos Estados Unidos. Mas não teve pra ninguém, a voz do povo boliviano matou os cachorros a grito e o Chavéz voltou ao Palácio Miraflores.

"Pi, pi, pi, pi, pi, pi..." (choro). Deu agora, o Senhor chaves, pra abelhudo, pra mandatário da América Latina. Mantendo a mão em tudo (melhor que se escondesse num barril). Não bastasse o incidente com Vicente Fox, presidente do México, agora é com o Peru. Pois o Presidente da Venezuela reservou a Alan Garcia, insultos que nem moleque de rua faz a outro: “Corrupto. Sem vergonha. Ladrão. Ladrão de rua”, discursou Hugo Chávez. E ameaçou retirar o embaixador de Lima se, disse ele, "por obra do demônio", García vencer Ollanta Humala no segundo turno, e pra arrematar a sua inconveniente arrogância, emendou: "Como poderia conversar com um presidente enquanto ele fica de olho na minha carteira?”, perguntou Chávez, acusando García de ser ladrão.

E tem aquela proposta do Chavez de construir um gasoduto saindo da sua Venezuela, passando pelo Brasil de norte a sul, até a Argentina, e ele com a mão na torneira do gás. “ Acabaria com a pobreza e tiraria os meninos da rua em São Paulo, Rio, Caracas, Buenos Aires, esse é o argumento dele. ( Engraçado, se não me engano o custo deste gasoduto seria de 40 bi). Como diria “o meu Chaves”: "Que burro, dá zero pra ele!"

O Chávez é muito diferente do meu Chaves que passa a maior parte do tempo atormentando a vida da vizinhança, mas não como o outro, pois é brincando e é sem querer, querendo. Mas a verdade é que ninguém tem paciência com ele.

O garoto do barril também é um menino sonhador, amigo e companheiro de todos. Sempre procura ajudar aqueles que passam por dificuldades, mesmo muitas vezes não tendo meios para fazê-lo. Em alguns episódios fica clara a solidariedade com a pobreza de Seu Madruga, e não é raro vê-los compartilhando sanduíches ou mesmo um refresco.

Obrigado pela leitura deste texto. Assim não posso dizer "Ninguém tem paciência comigo!"

A idéia era escrever só sobre o “Chavinho” e até relembrar de alguns ótimos episódios, mas quando se é adulto..."Foi sem querer, querendo!" "Isso, isso, isso, isso..."

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Joel Rogerio
Enviado por Joel Rogerio em 04/05/2006
Código do texto: T150355