Tudo é educação.

Tudo é educação.

No papo com o mestre João. Indagou-me o porque de não ter aposentado ainda, pois já tenho tempo suficiente para isto. Disse-lhe aposentar para que se ainda tenho saúde e ficar parado esperando o fechar dos olhos.

O encontro com os amigos é mensal há tempos É salutar para todos onde temos um contato descontraído e rever companheiros que já deixaram a escola por algum motivo. Das conversas que eu e os mestres, abordamos existe uma questão que nos assusta no ensino, que é a desinformação de quase todos os alunos. Por sermos mais antigo na escola estadual e fazemos parte da ONG Organização Não Governamental num movimento chamado Prá Frente Cultura, não só na escola, mas também em outras escolas onde queremos uma mudança radical daquilo que temos hoje em dia.

Nestas reuniões, falávamos que acontecia no mundo, mas o papo escola ainda era o preferido, mas sempre polêmico, pois cada um tinha uma idéia diferente do outro, até achava normal isto, porque sempre quando encontrava com pessoas chegadas e queridas os assuntos também eram falados, mas sempre voltávamos para os casos de outrora. A professora enérgica Marluce sempre dominava seus alunos independentes da idade. Ela lecionava português e era a favor da repetência daquele que não conseguisse um número mínimo de pontos necessários na matéria e se fosse por mais de duas disciplinas seria o caso de exclusão. O enorme professor Prado, tanto de tamanho e de conhecimento aceitava em parte -a Marluce, mas não era radical. Ponderava que o estudante deveria ter outra chance.

O uso de drogas que é prejudicial para os jovens e é um mercado crescente. É tanto que ouvi da voz de um adolescente de classe baixa que pararia de estudar para mexer com drogas, pois era rentável.

Já de noite despedíamos e voltávamos para casa depois de rever os eternos amigos com isto ficaríamos de almas lavadas para suportar este mundo que nos engole um pouco a cada dia.

Depois de ter passado algum tempo em conversas com amigos professores de outros estabelecimentos chegamos a um consenso que seria de levarmos ao Sr secretário de Educação as nossas principais idéias a respeito de mudanças na educação e em leis que possam melhorar o ensino que a cada dia que parece estar mais caótico e sem perspectivas nenhuma de melhoria.

Novas manhãs entram na minha vida, sendo que em uma delas recebo uma correspondência do Sr. Secretário de Educação onde se mostrou atento as nossas reivindicações e nos pede para marcarmos uma entrevista com ele para que junto encontrássemos uma solução para o problema em questão. Com a carta em mãos não foi difícil marcar uma audiência com o Sr Secretário, Este contacto foi agendado para sexta feira próxima dia 11/04/08 às 17h.

Lá estávamos diante do representante maior de educação de nosso estado querendo detalhes de toda nossa conversa que havíamos passado para ele sem maiores detalhes. Ele teve o interesse em saber tudo, pois achou interessantes os pontos de vistas a respeito de tudo. Fez várias anotações que achou de maior valia e que as passaria para frente até as mãos do governador do estado. No final da entrevista nos passou uma notícia que já sabíamos que seria o encontro nacional de educação da ONG em São Paulo no Anhembi e perguntou se teríamos interesse de representar Minas Gerais neste encontro e que era para nós pudéssemos colocar em pauta tudo que foi passado para ele. Falamos que concordaríamos com o convite dele, mas deixamos claro que o nosso interesse era só buscar novos caminhos para a educação do Brasil que andava meio sumido das escolas.

O encontro seria realizado em maio no dia dois até o nono. A duração devera ser de oito horas / dias e sempre após o almoço. Tínhamos noticias que haveria uma gama grande de professores de todo o Brasil, pois todos estão empenhados no mesmo problema.

Estaria nesta nova cruzada eu, Wanderley e o professor Rodrigo. Um dia antes do embarcamos para São Paulo o propfesso5r Wanderley, conseguiu estadia para nós três em casa de parentes.

A viagem de ida foi tranqüila, pois a estrada estava bem vazia. Chegamos lá no meio da tarde e rumamos direto para a casa do Carlos que é irmão do Wanderley que mora no Alto da Lapa.

Às quatorze horas já estávamos na porta do Anhembi, um grande número de pessoas já se aglomerava na entrada e muitas delas tinham até uniformes. Num piscar de olhos já estávamos lá dentro quando foi aberta a primeira palestra e que logo depois começaram as participações do público que estava presente, dede o primeiro dia foi sempre tensa a reunião, pois cada um falava coisas que muitos não queriam ouvir, pois sabiam que era verdade. As situações difíceis de serem resolvidas num espaço pequeno de tempo.

Foram ditas diversas opiniões sobre o assunto e eram raros os que repetiam. Um dia uma jovem senhora de Campinas, São Paulo fez uma colocação que levantei da poltrona e aplaudi na hora, pois era tudo aquilo que sempre pensei e não sabia dizer. Foi um comentário cheio de luz a respeito de tudo que estava sendo dito que a parir daí a reunião foi abordada de uma outra forma e muito mais complexa, pois tocava no que diz respeito à família, o governo e em educação. As estruturas são difíceis de se falar, pois parece uma caixa de maribondo africano e qualquer desatenção a ferroada é certa.

Nestes dias do encontro a maior parte do pessoal almoçava num restaurante perto do Anhembi para ser mais cômodo para não perdermos nada do que seria falado na nas palestras. O restaurante colocou as mesas onde ficasse mais fácil a entrada e saída da grande multidão de pessoas que almoçariam lá. Por coincidência do dia ficamos perto da turma de colegas de Campinas. Fui inevitável que eu fosse conversar com aquela senhora que teria impressionado-me com seu comentário, pude ver pelo seu crachá li que esta pessoa se chamava Maria Helena, nisto ficou mais fácil a aproximação como queria. Apresentei-me para ela dizendo que chamava Sérgio e estaria ali com mais dois professores e que éramos de Belo Horizonte e fazíamos parte de uma Organização Não Governamental chamada: Pra Frente Cultura, pois não estávamos satisfeitos como a educação estaria sendo levada ao país de uns tempos para cá.

Maria Helena balançava a cabeça quando seus belos cabelos pretos escorridos acompanhavam o ritmo deste balanço, a sua pele áurea bem tratada a deixava mais bela fazendo contrastes com a cor dos cabelos. A camiseta tinha a estampa da bandeira de sua cidade, mas o conjunto era harmonioso nela. A paulistinha do interior que me tocou com seu comentário, era uma mulher inteligente, culta e sabia se expressar bem. Algo diferente acontece comigo do primeiro contato, não sabia nem tentar descrever o que passava comigo, mas gostava daquela situação que há tempo não vivia. Os colegas da viagem ficavam me alugando pelo interesse da paulista, e eu no fundo parecia gostar. Nos últimos dias, eu sempre ficava junto e adorava estar com ela mesmo assim a achava misteriosa demais, mas doce envolvente.

O resto da semana foi tudo que queria ter na vida estar com uma bela mulher e inteligente e aprendendo cada dia mais da vida. Deixei naquele encontro no Anhembi um pedaço de mim.

Na vota, eu com meus colegas achamos bem proveitoso a reunião a respeito de educação, mas ainda teremos de esperar um pouco para vermos se terá resposta do governo que foi discutido no Anhembi.

No decorrer da outra semana tentei rever a meiga Maria Helena para que pudéssemos trocar palavras, pois sentia falta daquela mulher. Percorri seus caminhos, mas não via nada que pudesse me alegrar só a interrogação tinha ficado solta no ar nem os textos que foram passados para ela obtive resposta nenhuma.

Abri meu leque de conversa para ver se conseguia falar com a Maria Helena, e não consegui o meu intento e fiquei triste mesmo sem graça com tudo observo uma pessoa brigando comigo sem motivo, então pensei que poderia ter sido a Maria que desejava ver, só que ela não esticou conversa então ficou como uma sinfonia inacabada e o silêncio envolveram os minutos e com eles o sono me pegou em cheio.

Escritordsonhos
Enviado por Escritordsonhos em 30/03/2009
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