Somos Covardes
"Amar exige coragem e hoje somos todos covardes". Ao ler o incrivel Jabour em mais uma de tantas noites de insônia, me arrebatei a um recente passado. Lembrei-me do meu ex-noivo, meu ex-namorado, e de todos os homens que tenho saido e voltado para casa com um imenso vazio na alma. Senti inveja de "Romeu e Julieta", dos "olhos de ressaca", e do verdadeiro amor descrito pelos trovadores. Percebi que sou covarde.
Amar se tornou um risco. Risco de perda, risco de queda, risco para essa sociedade hipócrita e capitalista. Tempo é dinheiro, dinheiro é consumo e nada disso tem haver com o verdadeiro amor. Nos iludimos com sussurros epiléticos de um gozo rápido de uma ejaculação precoce. Nos perdemos nos prazeres fast-foods e o amor se perdeu entre a tecnologia
Doar sem culpa, se jogar sem medo, cair e chorar, mais ter a certeza de que amou, isso é o que esta faltando nesse mundo louco e competitivo.
Abriremos então os velhos e amarelados livros de Drummond, deixemos que um amor platônico invada nossos corações, vamos tentar ser felizes e amar sem medo. Deixemos de ser covardes.