DESENCONTROS...

Segues um caminho... Sigo um caminho...

Poéticos são os desencontros... Quantos e quantos romances, poemas, sonetos e etc... Etc, foram gerados por desencontros.

Você me encontra... Me olha (não necessariamente, poderia somente me ouvir, eu poderia ser a moça do atendimento telefônico, poderia se apaixonar por mim nesse momento, me lendo), sente vontade de olhar de novo, repara meu visual, já se encantou por meus olhos, vai dar alguns descontos no visual; reparo que me olhas, penso que não és de se jogar fora, apesar de ser gordo, magro, alto ou baixo, mas isso não importa (homem está difícil no mercado, e interessado em mim então... Melhor não perder a oportunidade); uma desculpa, uma conversa, algo em comum; eu também costumo freqüentar lá; Tudo bem, então nos vemos no sábado. Pronto! Deu-se o encontro; e outros começam a acontecer, e eu descubro que ele é uma pessoa legal, divertida, romântico; e ele vê que eu sou uma garota esperta, descolada, tenho senso de humor, TPM (mas dá para agüentar), que cozinho bem, gosto de futebol. Pronto! Estamos apaixonados.

Tudo segue seu curso “normal”, casa de um, casa do outro, casa das famílias.

Aí as coisas, depois de um tempo. Já não são mais as mesmas, eu começo a conhecer os defeitos dele e ele os meus, as saídas diminuem: vamos ficar em casa pegar um filme, . Do nada eu acho que ele está interessado em outra, ele passa a achar que eu sou louca, que faço de propósito para encher o saco. Então ele quer ficar mais tempo com os amigos (e eu continuo achando que ele me trai), se distrair do meu stress. Eu me chateio, me sinto abandonada, acho que o relacionamento não tem mais jeito, o melhor é romper; ele concorda, melhor dar um tempo. Pronto! Deu-se o desencontro; cada um pro seu lado; a vida recomeça do zero.

A saudade vem, vem o desejo do outro; tenta-se; Tudo de novo; desisti-se.

Eu fico arrasada, aparência de rã encantada que viu o príncipe passar batido pela lagoa atrás da Cinderela; se trabalho no serviço telefônico, vou ficar com voz de chaleira e vou perder o emprego, se for escritora (rsrsr... Ah! Quanta prepotência!) minhas poesias, romances, composições musicais, etc, virarão um melodrama insuportável de se agüentar e acabarão nas prateleiras.

E assim vão se sucedendo os encontros e desencontros. Mudam-se os cenários. Refino o gosto a cada prova passada, acho que muito aprendi, no relacionamento seguinte diminuo esse muito para “aprendi um pouquinho”.

E a vida segue seu curso, um desencontro sempre vai gerar um novo encontro, é só esperar...

_ Você vem sempre aqui?

_ Não vinha, mas acho que acabei de mudar de idéia... (rsrsrs).