Esperas...

Um silêncio.

Presença imaginada, indiferença vivida, tristeza absoluta, um vazio preenchendo a alma.

Poderia ser um dia comum, as flores eram as mesmas, os perfumes, as vozes, mas era um dia especial, uma descoberta.

Planos que sucumbiram, palavras soltas, sensações negadas.

Um olhar pra trás, uma tristeza sem fim...

Não suporto as esperas, apesar de efêmeras, vazias, sem sabores, sem pudores...

Importo-me com elas de tal maneira que desfaleço a cada minuto longe de ti.

A tua ausência chegava a ser presença de vez em quando, e de repente, uma lágrima, uma taça, uma escada, uma canção.

Toques que não tive, cheiros que não senti, gosto que não ficou nos lábios...

Embriaguei-me de esperas, de silêncios, de vazios.

Valéria Rosa em 09/04/2009