24 horas

Uma das séries de anti-herói de maior sucesso sem dúvida é 24 horas. A série conta hora a hora as aventuras e desventuras, de Jack Bauer. Um agente, que nem sempre é policial, americano a procura de terroristas. Aqui em Aracaju criaram um parecido. No bairro de Atalaia. Só que o personagem principal não é um militar, e sim os moradores. Eles contam às 24 horas de briga com os profissionais do sexo, que insistem montar seu QG nas ruas deste bairro.

Foi então que pensei (sim, por mais que os políticos não acreditem, eu penso): por que não criar umas séries de anti-heróis? A seguir listo duas séries:

24 horas – insetos

Enquanto os humanos travam uma ferrenha luta, desproporcional por sinal, contra esses animais, eles lutam contra nós pela sobrevivência.

Imagine a cena: uma barata tortura um gato pra saber quem colocou o veneno na cozinha. O gato está amarrado, com as patas dentro d’água, e um fio pronto para eletrizá-lo. “Eu prefiro morrer, mas não conto”, mia o bichano. “Mas eu não quero que você morra, eu quero que me diga quem fez esse terrorismo!”, contra argumenta o inseto já ensandecido.

Imaginaram! Acredito que seria sucesso total. Afinal, nós humanos gostamos de ver tentativas de destruição de nossa espécie, esperando que os heróis sempre apareçam.

24 horas – produtor

Por ser jornalista, estou ansioso pra ver como seria 24 de um produtor jornalístico. De um repórter não, você vê todos os dias, e pra você ele é o herói. Mas o produtor não! Ele é sempre mal visto pelos repórteres, aliás, essa espécie que vai as ruas adora quando uma pauta cai, só pra culpar o produtor; e é mal visto pelos consumidores de notícia, ou você põe a culpa em quem quando diz: “jornal mal produzido!”?

O primeiro episódio começaria às cinco horas da manhã, quando o personagem é acordado pelo despertador, que por sinal já é um aparelho de rádio. Ele anota tudo que foi divulgado e vai apurar. Só depois pensar na pauta. Mas as cenas mais quentes são quando, ele atendendo três telefones ao mesmo tempo, precisa ligar para o entrevistado que marcou na recepção, mas está em sua sala.