A Cruz de Cristo

Ela permanece ali, aquela cruz. Um sinal presente da minha imperfeição, do mal que se instalou em mim. Um estigma em minha alma. O Messias Crucificado por amor de muitos.

Não há ouro na História, não há prata a tilintar pelo caminho do mestre. E as tais trinta moedas faziam parte do plano.

E Deus tornou-se homem. E o homem amou seus semelhantes.

E os “semelhantes” rejeitaram este amor...

Crucificaram o Deus que se fez menino.

Assim, como um reles criminoso! Um ladrão.

O sem pecados se fez pecado... O sem maldição fez-se maldição!!!

E nós, e eu, à quem cabia a maldição. Ando livre pelas ruas...

E vejo representado em suntuosos templos a obra feito pelo Nazareno...

Vejo aquelas palavras simples, aquela dolorosa oração no jardim, o desamparo em meio a sangue e suor no madeiro, sendo comercializado pelos mesmos homens que o penduraram no alto do Golgota!

Mentes maquinam sob a milenar história mais uma forma de aprisionar a alma dos homens...

E o Cristo, que se deixou no madeiro para oferecer liberdade, novamente chora...

Edson Duarte
Enviado por Edson Duarte em 20/04/2009
Código do texto: T1549423
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