VIVENDO É QUE SE APRENDE

VIVENDO É QUE SE APRENDE

25/4/2009 06:16

Iran Di Valença

É mais uma sábia expressão popular. Pela sapiência demonstrada está mais do que claro sua origem é de um Plano Superior. É justamente o que me veio à mente nesta fria manhã de sábado, prenuncio de rigoroso inverno, que eu ao despertar na adolescência do dia, talvez reminiscência do “passeio” que meu espírito colheu em sua vida pretérita durante a pausa do repouso corporal, idéia esotérica que eu assino em baixo, que me lembrei de outra expressão, “trabalho não mata ninguém”. Realmente, na minha longa vida nunca soube que alguém tenha falecido por trabalhar, ressalvando-se o tempo da escravidão, drama que não posso afirmar.

Criança nordestina do interior, criada em sítios, eu como outras até hoje, começam a vida de trabalhos logo termina a primeira idade, para ajudar os pais. Inconseqüente ou não, isso é um fato. Comigo não foi diferente, ressalve-se, obrigações leves. No final do ano de 1932, forçados por prolongada estiagem, meus pais migraram para a cidade, como milhares continuam a fazer. Até hoje, nenhum governo se preocupou em criar condições nas zonas rurais para ficar um seguro sistema de vida para elas. Os movimentos MST são exclusivos de origem política, financiados com dinheiro público sob a égide de Reforma Agrária. Mas o ponto que eu desejo comentar é “Vivendo que se aprende” e se trabalhando se aprende com melhor base. Particularmente, trabalhei dos oito aos setenta e dois anos, em serviços avulso e como empregado, salvo um período de dois que fiquei desempregado, no permeio da meia idade, justamente por isso, considerado “velho” para emprego, creio ser essa concepção absurda motivada pelo breve tempo da profissão de atleta de futebol, propalada pela mídia. Dispensado aos 7o anos, sob esse mesmo argumento, fiquei ocioso até os 73 anos quando então iniciei minha modesta vida de escritor e poeta amador, me abrindo novos campos para o aprendizado pela mídia cibernética

Hoje em dia, ultrapassada a barreira dos oitenta anos, estou compreendo a sabedoria popular encimada nesta crônica: A cada dia que vivo aprendo algo. E como sempre procurei pautá-la pela rota do bem, meu espírito evolui nesse sentido, daí meu apego aos assuntos espirituais para melhoria do gênero humano, sempre estribado num Ente Superior que todos nós trazemos dentro do nosso “ego” e que alimenta nossos sonhos de realizações. E é se estudando que se aplaina a estrada para a elevação espiritual. Eis porque a discussão entre os senhores juizes do Supremo Tribunal de Justiça me deixou pasmo. Não me sinto abalizado para julgar a razão de cada um em extrapolar seus sentimentos negativos de ponderação e sim, lembrar a sábia lição de Jesus para salvar Madalena da sanha dos seus algozes: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”.

Minha conclusão final é que os doutos juizes enquadrados para julgar ações do povo, ainda não estão preparados psicologicamente para o objetivo de praticar a justiça terrena.

“Vivendo é que se aprende” e “Trabalho não mata”. Todavia quanto mais se vive mais se aprende. Na juventude o homem é construtor/depredador; na terceira idade ele passa à condição de demolidor/construtor, porque ao querer interferir no livre arbítrio de terceiros, demole; construtor porque usa a sabedoria e/ou a experiência da longa idade, dando bons exemplos de vida.

Li “AS MENINAS DA BIA” – Lucas Durand. Trama bem bolado

Iran Di Valencia
Enviado por Iran Di Valencia em 25/04/2009
Reeditado em 25/04/2009
Código do texto: T1558582