Uma questão de opção.

Felicidade, segundo penso, é uma escolha pessoal. E o acerto dessas escolhas, descobrimos vivendo. O tempo nos mostra.

Uma de minhas escolhas é pela simplicidade, pela tranqüilidade, abrindo mão de coisas que antes pareciam colocar-me no caminho da felicidade.

Sentar-me ao final do dia, olhar para a rua, para os jardins muito verdes da vizinhança, apreciar a natureza, é uma forma de felicidade.

Poucas pessoas ainda, se satisfazem com uma vida menos agitada, abrindo mão de prazeres mundanos, de TER, de compromissos que ao final da vida, acabam representando apenas uma carga a mais.

Durante boa parte de minha vida, também corri atrás de coisas, que quando alcançadas, não me proporcionavam a satisfação que imaginava. Mas, como sabê-lo, se não o fazemos?

A felicidade é discreta, não nos atropela nessa ânsia louca com que a buscamos. Ela apenas aguarda que a descubramos.

Dentro dessas minhas conjeturas, lembrei-me de tantas pessoas que vivem de futricas e fofocas, semeiam a discórdia, adoecem física e emocionalmente, porque jamais alcançam o que desejam. E adoecem aqueles com quem convivem. Na verdade, sequer sabem o que desejam. Seguem infelizes, amargas, tornam infelizes os ambientes que freqüentam. E, olhando cá de fora, têm tudo para viverem uma vida tão tranqüila quanto esta que escolhi.

A ânsia pelo poder torna as pessoas infelizes, gananciosas, invejosas e são esses os sentimentos que predominam onde vivem e com quem convivem. Misturam-se aos iguais. Formam associações doentias.

Jamais agradecem o que conquistaram, mas lamentam e se julgam injustiçados, diante das frustrações. Frustramo-nos por não sabermos valorizar as conquistas e nos julgamos injustiçados, por não sabermos nos submeter à autocrítica.

Se nossos olhares estiverem turvados pelos sentimentos negativos, não nos será possível entrar na sintonia da felicidade. Colhemos conforme a semeadura. Enquanto é tempo, escolhamos bem as sementes que desejamos que germinem. 27/04/2009