Fazer o que?

Sempre existe um estímulo qualquer para a escrita.

Qualquer que seja a escrita.

Acabei de receber um e-mail de uma amiga que dizia: MULHER NÃO TRAI, MULHER SE VINGA.

Naturalmente que dei boas risadas.

O texto era realmente muito engraçado.

Mas discordo.

Mulher trai também, não apenas vinga.

Digo isso por que a vingança apenas seria uma negação do tesão, ou dos tesões femininos.

Mulher trai apenas para dar o troco?

Claro que não!

Mulher trai pela mesma razão que o homem.

Por desejo.

O instinto de vingança provoca.

Mas não somente às mulheres.

Aos homens também.

Traição é algo além da cama e do sexo.

Naturalmente que o sentimento de posse e o medo de perder o amor prevalecem quando se chega aí.

A mulher por medo de perder seu amor romântico.

O homem por medo de a sua fêmea encontrar um macho mais viril, mais quente.

O fato é que ninguém suporta a idéia de saber que seu parceiro foi pra cama com outra pessoa.

Outro dia vivenciei uma cena desastrosa, senão cômica.

O namorado ao se referir a um passeio troca o nome da namorada.

Fala outro nome.

Gargalhadas, claro!

Mas e aí?

Como lidar com o fato?

Ato falho?

Desejo?

Ou apenas coincidência?

Traição?

O que fazer?

Dar o troco?

Vingar?

Nada a fazer.

Por que nada, mas nada mesmo poderia convencer a tal namorada no mínimo do desejo de traição do seu parceiro.

Assim funciona a mente feminina e a masculina.

Somos provocados.

Provocamos.

Condição humana.

Fazer o que?

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