Instinto de Mãe.

Abril de 1986. A TV noticiava que os Estados Unidos haviam bombardeado a Líbia Naquela noite surgia em mim um sentimento desconhecido até então. Eu tinha um bebê nos braços e o mundo corria risco. Não foi uma noite como as outras em que eu vinha treinando ser mãe e deixando a confortável posição de ser apenas filha. Experimentei uma nova ótica vinda do coração. Enquanto embalava Sylvinha, temia uma nova guerra mundial e pedia a Deus para que os líderes tão distantes de mim, não destruíssem o mundo no qual minha filha havia chegado recentemente. Pensei nas mães de Tripoli com empatia. Trouxe-as para perto de mim. Devo ter rezado por elas também. Em outra noite a terra tremeu no Rio Grande do Norte. Pulei da cama, corri para o quarto vizinho. Desci as escadas do edifício com roupa de dormir, carregando minha filha nos braços. O pai e a babá vieram atrás com roupas, mamadeiras e chaves do carro. O destino foi a casa de minha mãe, onde nos abrigamos. Ambas as situações não abalaram a minha família. Mas, me fizeram compreender o que era ser mãe. Depois que somos mães, a natureza age de maneira igual em todas as espécies e passamos a ser leoas na proteção dos nossos filhos. Depois que temos filhos, nos aproximamos de nossas mães e dividimos as dores e glórias com outras mães. Ser pai também é um ato transformador, mas o dia de hoje é dedicado às mães e divido a festa com minha mãe, minha filha e as demais mães do mundo.

Para mamãe, tia Socorro,vovó Nana, vovó Élia, vovó Ritinha,tia Eliane, Mana, Melissa, Ângela, Lala, Cássia, Larissa, Luciana, Élia, Luluca, Ana Lídia, Verushcka, Janine, Neta, Leonor, Zélia, Laurita. Malu,Valéria, Sônia, Auta, Arlete, Dona Lurdes, Graça e muitas outras mães que admiro e amo.

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 10/05/2009
Reeditado em 11/05/2009
Código do texto: T1585648
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