(Des)encontro de um pensamento em movimento

As idéias, não raro, creio eu, são voláteis, simplesmente fluem. Entretanto, sinto que a mim, elas mais imanam do que emanam, convergindo numa luta incessante de conjecturações que meu subconsciente não consegue manejar. Meu mundo fica comprimido em uma esfera que mal comporta o choque dos meus pensamentos... O meu norte magnético não se fixa como no ponteiro da bússola. Rumos perdidos, orientações desencontradas, assemelhando-se a uma odisséia que parece não ter fim. Assim é a luta psicoemocional que crio e recrio nesse universo de ideias, nessa racionalização irracional. Não obstante, surge-me um universo exterior, infinitamente maior, porém desconhecido, mas que, por insistência, tento dar sentido. Todavia, o que parece ter sentido, por fim, não o tem; que sentido teria tornar algo irrelevante, forçosamente com sentido? Parece banal, mas permeia, aqui, algo intangivelmente realizável. Seria como abstrair uma totalidade de fatos sem conhecer as partes, seria como esvaziar o mar com as mãos. Pergunto-me, eu, se tudo isto é loucura, mas loucura maior não é ser ignorante, é desconhecer que se desconhece. A mim, só resta-me questionar.