QUEM PARTE E REPARTE

aproveitar a crise para ilibar a responsabilidade

de quem em parte é responsável por uma parte dela,

ao subtrair em grande escala a “massa” dos povos,

os quais, durante anos amassaram o pão nosso de cada dia,

privando-se de alguns prazeres que fazem parte da vida,

com o intuito de porem de parte uma pequena parte

e passarem a fazer parte dos accionistas de pé de meia,

julgando garantir uma velhice digna, é motivo para se

afirmar nesta parte do campeonato, o velho provérbio

popular: < quem parte e reparte/ e não fica com a melhor parte/

ou é burro ou não tem arte>

podemos confirmar:

- há muita arte.!

ainda a procissão não tinha saído do adro e já era de prever a subida catastrófica da taxa do desemprego. Quem não a previu, decerto, pôs de parte o incorruptível esforço de averiguar, julgar e penalizar quem comeu a maior parte do bolo, dividido escandalosamente em partes desiguais, para passar a viver num mundo à parte, fazendo de conta ter cumprido a sua parte, o que leva a pensar pela nossa parte :

- há muita arte.!

apesar de em algumas partes do globo, desenvolverem soluções para combater o flagelo, são soluções precárias perante a avalanche que cai sem dó nem piedade sobre os povos, enquanto estes, em desespero de causa procuram pela parte de fora o fundo da caixa de Pandora, receando que o fundo rebente com a pressão e morra dentro do desespero sem verem alguém a ser chamado à parte para esclarecer sem dar parte de fraco onde foi parar uma boa parte do bolo. Sem verem isso, podem concluir com todo o direito, há parasitas eleitos e parasitas bastardos:

- há muita arte.!

seguindo em frente vamos dar a qualquer parte, partindo do principio que para tudo existe soluções. é o que dizem, não é o que se vê. pelo sim, pelo não, pelo que der ou vier, é necessário os povos pensarem que não se limitam a observar, têm a amarga oportunidade de a sentir por si e pelos outros globalmente e, com sabedoria, fazerem estacionar por toda a parte tanta arte. lembrarem-se que estão orgulhosamente e pauperismamente acompanhados, que sempre souberam repartir as migalhas em partes iguais. e, como povo que sou, reparto algumas sugestões viáveis ( modéstia à parte), que se não servirem para deitar abaixo a crise, pelo menos não a deixa prolongar, admitindo pela parte que me toca:

- sou burra.!

sugestões:

1º : segure o seu posto de trabalho custe o que custar. se o tiver que segurar pelos chifres, faça-o.

2º: se é um desempregado de longa duração, exija no centro de emprego um formulário e preencha-o, informando quantos cursos de formação já fez, de que lhe serviram e quais as entidades patronais, findo os cursos, lhe deram emprego.

-há muita arte.!

3º: se tem um curso superior, ao candidatar-se a qualquer emprego, não o mencione. não é seleccionado. tem estudos a mais.

4º: se tem mais de 50 anos, não se incomode, nem se enerve. tenha em atenção que é velho para lhe darem emprego e novo para ser reformado.

5ª: ( a mais importante para os governantes do globo) solução única e eficaz. anestesiar com anestesia geral, com duração de pelo menos dois anos os povos vitimas do desemprego. anestesiado, não pensa em como vai sobreviver, honrar os seus compromissos e sustentar a família, não precisa de subsídios, não tem que se refugiar no álcool, nem na droga, nem entra em depressão, nem tenta o suicídio, não come, nem …ode ( composição poética lírica de assunto elevado)

quatro folhas 2009

quatro folhas
Enviado por quatro folhas em 17/05/2009
Código do texto: T1599187