Pára ou continua???

Todos nós em algum momento da vida já passou por situações inusitadas, que nos deixam tão constrangidos (pelo menos os introvertidos), que ficamos sem ação, e o que estamos fazendo acaba no meio do caminho (nem vai, nem vem), e não foi diferente com um amigo meu, ainda mais diante de uma senhora que tranquilamente rumava em direção a casa, vindo de uma missa recém-terminada.

A festa rolava desde as onze da noite, cerveja, música, mulherada, churrasco e tudo mais que tinha direito (do jeito que o diabo gosta), este meu amigo (que não gostava nada disso, para não dizer ao contrário) era um dos mais agitados, bebia cerveja, comia carne mal passada, dançava funk, bolinava a bunda da garotas, estava com o capeta no corpo.

Madrugada a fora (friozinho), e nada da bagunça acabar, alguns (os mais fracos) foram dormir, ou aqueles que moravam próximos foram embora, “ele” não, sem camiseta (só cachaça) continuava no meio da muvuca, agora entretido numa morena (que também era chegada numa cervejinha) dançaram de tudo, aproveitaram e muito a festa, exaustos caíram num canto da sala e ali ficaram.

Pela manhã, quase recuperado, procurou pela garota (vazou que ninguém nem viu), ofereci um café quente meio amargo para ajudá-lo na ressaca, em estado lamentável bebeu e agradecido pelo café despediu-se, ainda tentei argumentar pedindo que ficasse, mas teimoso (efeito do álcool) saiu.

Vinte minutos depois, estava deitado, ouvi uns gritos e a porta de casa sendo esmurrada violentamente, levantei assustado e ao abri-la, (o que era aquilo???) entrou louco falando algumas palavras sem nexo (aprendeu mandarim e eu não sabia???), já calmo (uns quatro copos com água e açúcar) relatou o que aconteceu após ter se despedido de casa.

- “Vagava pela rua em direção a minha casa, quando deu aquela vontade de mijar, procurei um canto discreto para esvaziar a bexiga e quando estou eliminando o restinho da cerveja, me aparece uma senhora do nada, sem reação não sabia se “continuava ou recolhia o garoto pra dentro da calça”, assim que ela gritou, no susto acabei me virando na sua direção e com o tamanduá na mão, a louca começou a gritar tarado numa altura doida, em segundos surgiu gente de todo os lados (pobre é foda, como gosta de barraco), não tive escolha voltei correndo para sua casa, atrás de proteção”

O que dizer??? Comecei a rir da história do amigo tarado que sai nas ruas mostrando os bagos para a velhinha indefesas voltando das missas, durante muito tempo (cidade pequena) esse assunto ficou na boca do povo (até aparecer outro, claro), sempre que surgia um boato de alguma velhinha que tinha sido atacada pelo “homem dos bagos de fora” lembrava da cara dele, todo suado, contando o caso.

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 20/05/2009
Código do texto: T1604771
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