A crítica que vicia...

Pense em um vício qualquer, um vício que te consome aos poucos e a medida que você o alimenta, ele se torna cada vez mais presente em sua vida, cada vez mais forte, até que chega a um ponto que você se torna prisioneiro dele, torna-se um dependente e sua vontade é dominada por este vício. Pense do seu dia a dia e pergunte a sí mesmo; Com quem andas? O que falas? O que Houves? O que faz de tua vida?. Agora se recolha em um local isolado, olhe-se no espelho e pergunte; quem eu sou e o que faço aqui? Talvez em algum momento, você desperte para uma verdade que não cala, mas que muitas vezes você não quer ouvir e se faz de desentendido, porque estas verdades desafiam suas fraquezas mais enraizadas e talvez enfrentá-las seja duro demais para seu ego.

Pense profundamente em seus vícios e quando se der ao trabalho de fazê-lo, irá compreender que uma das maiores fraquezas do ser humano é projetar nos outros, a culpa pelos próprios insucessos. O Homem se cala diante de sí, julgando sua própria perfeição, no entanto não mede as palavras para criticar o próximo, criando uma teia, diante da qual vai ficando preso, criando o hábito de ver erros nos outros e isentar os próprios. Talvez se você analisar a sua vida,

você consiga perceber que a crítica é uma constante, que ela entrou na sua vida em um determinado momento, sendo influênciado por mentes perturbadas e negativistas, por pessoas acomodadas e que sempre culpam os outros pelos seus fracassos e nunca tem a sensibilidade necessária para olhar para sí mesmas, assumir seus erros e buscar soluções.

A sociedade atual é formada em sua maioria por pessoas assim, infelizmente as críticas em sua maioria não são construtivas e visam apenas ludibriar a razão, criando nas pessoas a sensação de intocabilidade, como se não fossem responsáveis por nada e todas as mazelas do mundo fossem produzidas por uma combinação de erros alheios e nunca os próprios. A era do "eu" soberano, me parece ser evidente e as pessoas estão se perdendo nestes caminhos, sem ao menos perceber que suas energias estão sendo gastas em coisas inúteis, criando um mal a sí mesmas, consumindo a própria vida através do engano.