Tatuagem com nome de outra, para homem, é refresco!

Amiga. Imagine você no rala e rola pela primeira vez com um novo namorado, de quatro e com seu bundão apontado para cima. Seu amado lá, te pegando por trás, se achando o dono do pedaço. Ele se chama Jaiminho, mas tatuado nas suas costas, bem grande, há outro nome: Bernardão. E aí? Jaiminho continua a transa? Será que ele vai aceitar continuar o namoro sabendo que há o nome de outro cara tatuado em seu corpo?

É claro que não!

Entretanto, quando eles têm o nome da ex-namorada marcando seus corpos como gados de chifres bem grandes, esperam nossa eterna compreensão. A justificativa, na ponta da língua, parece ser unanimidade entre a classe: “querida, o nome dela está marcado em minha pele, mas é você quem marcou, para sempre, meu coração.” Ah, pura balela. Não se enganem.

Eu, por exemplo, vivo a triste sina de acordar ao lado de um homem e ver o nome da ex tatuado em seu braço. Já passei da fase de amaldiçoar a coitadinha. Confesso, que se ela chamasse Regina ou Renilda, eu teria chance de adaptar e tatuar o meu nome. Infelizmente, ela chama Kimiê. Então, o nome esquisitão japonês, dá na cara que a homenagem no couro do meu namorado não foi para mim. Ele diz que fez a tatuagem em um momento de extrema embriaguez. Viciada em minhas cachaças artesanais, jamais marquei minha pelinha branca e linda com o nome de quem quer que seja. Embora negue, ele tatuou o nome por amor. E é claro, que rolam as comparações nada absurdas, ao meu ver. Se tatuou o nome dela e não o meu, é porque gosta mais dela do que de mim. E mesmo que tire, ele diz que jamais faria isso de novo. E se jamais faria isso de novo é porque acha que eu devo valer tanto quanto a ex-namorada.

Enfim, ele diz que nem lembra da tatuagem gigantesca que está estampada em seu braço. Faço questão, então, de lembrá-lo sempre. Mas, se eu estiver certa de que a manutenção da tatuagem tenha a ver com uma tentativa de meu namorado preservar resquícios de sua relação com ela, de nada adiantaria insistir ou impor diversas seções de laser para apagá-las. Afinal, cafonérricamente falando (sim, eu inventei esta palavra), ele pode apagá-la do braço, mas nunca a removerá do coração. E se fosse o contrário?

Dedico este texto à minha amiga Alê. E, Kimiê, vai pra p.q.p