AMANHÃ É OUTRO DIA

Andando na chuva, voltando sozinho pra casa, tão infeliz.

Sentí o coração dilacerando aos poucos, me ví morrendo.

Eu te perdí para sempre por uma coisa que não fiz.

E até hoje, sem o teu amor eu só vivo sofrendo.

Pedir, implorar, suplicar, faz parte do meu cotidiano.

O teu gesto para com o meu amor foi desumano.

E amor para você não é sentimento, é um plano.

Agora o que eu faço com o resto desse amor esfarrapado?

Não faz mais sentido eu sentí-lo em meu peito.

Tú o destruiu e deixou-o totalmente humilhado.

E tentar outra vez não dá mais, não tem jeito.

Mas amanhã é outro dia e a esperança não morreu.

Amor dentro do meu peito não falta para dar.

Você se foi, você me perdeu, você não me mereceu.

Um dia vai reconhecer e aí será muito tarde pra voltar.

Amanhã é outro dia.

Manaus, 19 de março de 1993.

Marcos Antonio Costa da Silva