Arquitetura da vida


          Os blocos da existência que formam a arquitetura do meu ser foram sendo fundidos como de todos os humanos racionais. Certas formações, o acabamento é mais bem feito, o conteúdo é de primeira, com isso a durabilidade da obra é superior as demais. Não dizendo com isso que as demais construções não sejam de qualidade, muito menos inferior. Suas variações comportamentais assim como todos os homens, dependem fundamentalmente da sua origem, complexidade educacional, filosófica, cultural, psicológica, DNA e uma imensidão de outros fatores, mas com tudo existem infinitos diferenciais, uns são realistas, outros emotivos, casos de verdadeiros selenitas... Mas, no fundo, no fundo, todos são totalmente adaptáveis as circunstâncias das mais diferenciadas na arte suprema do viver. Exigências extremas são cumpridas no dia a dia, o aperfeiçoamento é de suma importância no ciclo evolutivo. Porém, esbarramos com barreiras fundamentais lado a lado com a felicidade e o sucesso. Coisas que não desejamos, acabamos por ter que conviver e superar mesmo sendo totalmente o oposto dos nossos anseios e planos. Fechamos os olhos e passamos por cima ou pior ignoramos friamente. Mesmo assim de qualquer maneira nos vemos obrigados a utilizar o aprendizado do passado ou tentar aprender com os acontecimentos vivenciados. A observação é usada como sabedoria e nos induz ao caminho tortuoso da evolução.                          
           O arquiteto da construção, onipotente e onipresente está atento a qualquer coisa que venha de encontro ao cronograma do seu projeto, dia após dia, noite após noite.  Afinal os pedreiros têm que usar a massa, a força, a coragem na proporção exata, caso ao contrário sua obra não terá a devida sustentação e com isso poderá vir a ruir e causar muitas vítimas, estragos e prejuízos sejam eles quais forem.  No entanto, levamos quase 80 anos trabalhando duro e quando estamos próximos a conclusão, nos vemos obrigados a abandonar e passar a outra. Um recomeçar, mas ao contrário do que as pessoas imaginam, não existem desperdícios. O recomeçar, é como um casamento perfeito e traz a sabedoria acumulada das obras anteriores, faz com que os blocos sejam fundamentados na construção com mais desenvoltura, rapidez e eficiência. Desta forma a economia de tempo faz com que o mesmo seja reutilizado com sapiência, a fim de galgar novos postos, os quais derivados ao aperfeiçoamento e evolução. Não seria justo um pedreiro experiente não galgasse a posição de mestre de obra, depois engenheiro e quem sabe um dia Arquiteto do seu próprio universo pleno e absoluto.                                                                                 
A cada tijolo assentado, uma parede erguida.                                       
A cada parede erguida, uma casa.                                                               
A cada casa uma família.                                                                         
A cada família, vários pedreiros.                                                              
          Assim a arquitetura da vida torna-se coesa e excede a perfeição, absoluta na sua seqüência sábia, onipotente, além do mais, acima de tudo, onipresente.       
   
                                    Boa Noite...

                         



Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 03/06/2009
Reeditado em 19/12/2009
Código do texto: T1630483
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