O Bonde da Alegria

O Bonde da Alegria

Tenho certeza que já passei por esta rua, que já vi este lugar, me são familiares em tudo.

Até o barulho, burburinho único, não posso estar enganado, pode ser enfado, isto sim é que pode, ando meio atordoado. Esclerose será? Não sei não! Durmo, mesmo quando estou acordado, sonho, tenho visões, aparições repentinas, coisa estranha!...

As doenças não são estas, já me acostumei a elas e vão todas bem, porém, poderão estar surgindo mais algumas que desconheço, com pressa e com apreço, vou procurar saber, custe o que custar, o que não posso é continuar convivendo com a insanidade.

Ou será um problema de vai(idade), no meu caso, não pode ser, tenho só noventa e oito anos, um jovem senhor maduro, com todas as faculdades em ordem (decrescente), mas, em ordem, nem cheguei ainda na puberdade, o que importa? Se for mentira ou se é a mais pura verdade.

Com esta idade, estou licenciado a todas as alucinações que eu quiser e bem entender, não quero nem saber, quem pintou a casa verde ou se alguém mora onde não mora ninguém.

Pois bem! Do carro de boi ao bonde, do trem a vapor ao trem elétrico, do metrô ao trem (bala) sem rodas... Bota século (porreta) nisto! Os foguetes então também os viram, pela televisão, em 1969, o mundo parou para assistir, não sei se era verdade ou ficção, mas, no filme, os (caras) pisaram na Lua, deixaram bandeira e as marcas das pisadas, e daí?

Passaram trinta e cinco anos disto e eu continuo aqui, não sei se sonhei se vi ou se aludi.

Enquanto isto, o pau comia solto no Vietnã, Camboja, Coréia, etc., e tudo com patrocínio do mesmo fabricante, com apenas uma diferença, era tudo em preto e branco, e mais ou menos arredondado, de conformidade com a cabeça desinformada da população da época.

Este amontoado de propaganda enganosa, é que tumultua a cabeça de todo mundo até hoje, inclusive, tenho uma (a)versão sobre isto, é preciso muita coragem e personalidade própria, para não se deixar levar pelas informações, que ainda não forem conclusivas, mediante comprovação literária científica, e que sejam de fontes confiáveis.

Ora bolas! Acho que não estou tão mau da bola assim, penso que ainda estou batendo um bolão, pois então!

Lá vou eu, no meio da multidão, cantando qualquer enredo, e melhor, sambando um samba maluco, e isto é muito bom.

Só não gosto de “fatos”, que são despejados pela mídia, com objetivos escusos, e que intentem contra a minha inteligência, ou que estejam intencionalmente, a serviço da desestruturação da família.

Unamo-nos dentro de nossas casas, para que possamos deixar uma sociedade mais justa, para as nossas gerações futuras, que, com certeza, dependerão exclusivamente, dos nossos procedimentos de agora.

Jorge Gonçalves Junior - 07/08/2007