Dor de Barriga

Amanheceu um domingo frio acizentado,vontade de ficar debaixo do edredon,até mais tarde.

Mas como convidei as minhas filhas,com suas respecrivas familias para um churrasco,tive que abolir a ideia de ficar até mais tarde na cama.

Levantei-me e como de costume,tomei meu café,bisbilhotando na internet,

Vim ao Recanto dar uma olhada,nas cronicas da Miriam Dutra,que eu particularmente acho ótima.

De repente uma imensa dor de barriga fez com que corresse para o banheiro,dali só saindo uns quarenta minutos depois ou mais um pouco.

"Dor de barriga" todo mundo tem,ou seja por problemas intestinasi ou oo organismo querer se ver livre do excesso,da véspera que foi o meu caso__graças a Deus!!

Se a "dor de barriga" dá em casa ótimo(quero dizer menos mal),mas se ela dá na rua ou em lugar totalmente impróprio é o caos.

Entre uma cólica e outra lembrei-me,de quando recem formada professora fui dar aula numa cidadezinha que ficava a duas horas de trem da minha cidade.

Saia de casa de madrugada,tipo 4:50, e voltava à tardinha.

Nesse dia eu não estava muito bem,dei minha aula e por volta das 13;00,embarquei no trem que me levaria de volta.

Mal sentei no banco de madeira,duro,naquele trem que saculejava muito,chegou ela:

Isso mesmo a "Dor de Barriga",corri para aquele minusculo banheiro imundo mal cheiroso.

O trem apitava,a curva chegava,e também mais uma cólica.

Quando pensava que havia melhorado começava tudo de novo.

O trem apitava a ponte chegava,e nada de melhorar.

Alguém bateu na porta dizendo em voz grossa:

__Alugou o banheiro do trem è?

Eu suava frio,queria sair o mais rápido possivel daquele recinto cheio de bactérias,mas, a cólica não deixava.

E a pessoa lá fora batia na porta freneticamente.

___O que está fazendo ai que está demorando tanto?

__Eu também estou com dor de barriga.

Meu Deus o que fazer?___pensava,naquela altura eu nem pensava mais eu apenas agia atordoada.

Se eu sair daqui quem vai ficar é ele.

Então eu prefiro ficar

Eu não tinha mais pernas,de tão bamba que estavam pela posição super incomoda a qual eu me encontrava.

Minhas mão seguravam na pia imunda,nojenta.

E lá vinha eu,me segurando,me direcionando,suando frio,contando o tempo os quilometros para chegar em casa.

O trem apitava a curva chegava,a ponte passava e a pessoa do outro lado da porta gritava:

__Eu preciso que abra essa porta agora,senão eu não respondo por mim!!!!!!......

O suor frio escorria de minha testa,a cólica aumentava,os fluxos intestinais eram intensos.

Felizmente parece que deu uma trégua,eu consegui sair dali.

Quando abri aporta,do minusculo ambiente pisei num montão de escrementos de meu companheiro de viajem,que gritava:

___Agora não precisa mais!!!!!!!

Fique ai sua imbecil!!!!

O guarda do trem tentava acalma-lo.

Eu apenas o olhei e não dei uma palavra sequer,nem rir da situação eu podia,pois eu estava a ponto de desmaiar.

E como explicar para aquele sujeito que minha situação não era nem um pouco diferente da dele.

Foi muito desgradável e dolorido,mais valeu a pena tanto sacrificio.

Aline Sierra
Enviado por Aline Sierra em 14/06/2009
Reeditado em 11/08/2009
Código do texto: T1649055
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.