Pais mal criados, crianças mal educadas!

Nada mais inconveniente do que uma criança mal educada! Vamos combinar que aquela cena de gritos insistentes e birra num supermercado é uma situação de causar vergonha em quem vê. Geralmente para chegar a este ponto o problema na realidade é o berço... Dos pais, no caso.

Bebês (a partir de uma certa idade para saber o tom de um não) e crianças educadas, espontâneas e naturais são lindas e merecem qualquer agrado, até suas travessuras são boas de se ver. Mas, aqueles que não dispõem de uma dessas em casa devem consultar a Super Nanny para sua própria reeducação. O problema de tudo começa na raiz. Se os pais não impõem limites desde cedo, a criança certamente vai restringir a atitude dos pais, salvo raras exceções que acordam a tempo. Desta forma perde-se o controle e começam os ataques de birra, mimo, provocações e, consequentemente, falta de educação, respeito e palavrões em excesso.

Parece radical ao extremo, mas não é. Muitas vezes os pais que precisam apanhar e não os filhos, afinal são reflexos da educação que receberam, ou não... Às vezes tem aquela ovelha negra, que ninguém merece – mas isso é assunto de outra crônica. Brincadeiras a parte, cenas de socos, xingos e pirraças me fazem refletir que em épocas atrás a infância era diferente. Quando se falava um “não” era não sem demais questionamentos, não era necessário se jogar em locais públicos, falar mal da mãe dos outros, dos avós, tios e primos, ou querer algo e abrir o berreiro para que aconteça na mesma hora. E o pior de tudo é que têm pessoas que acham isso uma “gracinha” e com o passar do tempo se torna tão comum que se perde conceitos básicos de respeito: por favor, da licença, obrigado e desculpa.

Sou extremamente favorável a outras formas de educação, mas de certo modo uma tapa na bunda nunca matou ninguém, pelo contrário, foram motivos de boas histórias no futuro. Desculpem-me os devotos as práticas pedagógicas que não funcionam, mas é melhor pecar pelo excesso de educação do que pela falta. Disciplina, boa criação e diálogo, muito diálogo, ainda são bem-vindos e quanto mais cedo este conceito for passado, melhores adultos serão. Educação ainda não é artigo de luxo!