Conteúdos inflacionados

Faz algum tempo que li uma matéria na qual se discutia os conteúdos das emissoras de TV, sobretudo com o advento da TV digital, que daria a elas a chance de ter mais de um canal com programações específicas. A preocupação, mais do que com a parte técnica, era com as programações. Como preencher a grade com algo de alguma qualidade. Não pude deixar de fazer uma analogia entre esse e o caso dos economistas e as suas previsões e tendências sobre a econômica mundial. Quem se dispõe a assistir ou ler suas opiniões deve estar percebendo que eles andam em círculos. Que após terem sido pegos de calças curtas, como qualquer mortal, enquanto ocorria a quebradeira bancária americana sem terem sido capazes de prevê-la nem acertarem na dimensão das conseqüências parece não reconhecerem também a inutilidade de seus pontos de vista. Evidentemente que a maioria traçou vagas projeções pessimistas que, diante do quadro nem se precisaria ser economista para imaginar. Hoje, em qualquer dessas entrevistas, assistimos a esses “magos” repetirem-se sem nenhuma novidade: é muito economista para pouco conteúdo, tal como deve ocorrer nas emissoras digitais que optarem por múltiplos canais ao invés de um em HD. Como se não bastasse o bombardeio de informações que temos hoje através dos vários meios de comunicação, ainda temos que agüentar a repetição exaustivamente monótona de tudo o quanto considerem notícia ou especulação.