São João? melhor é ir embora pro passado...
" Foi numa noite
Igual a esta
Que tu me deste
O teu coração
O céu estava
Todinho em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xote e baião no salão
E no terreiro o seu olhar
Que incendiou meu coração"
Não sei se rio ou se choro mas, vejo que basta mudar o figurino e o arranjo e o "hit" carnavalesco vira forró...Se não fosse os fogos e a fumaça, acharia que o carnaval nem acabou...
Lamentável ver que "musas e musos" de sempre, travestidos, mais uma vez, do que não são, exibem o show caça niquel do momento... Minha sensação é de que cultura popular, nesse país, é coisa de gente anacrônica, como eu...
Não vou dizer que fico feliz, com isso. O que sinto e vejo são preparativos de uma caricatura de festa junina, em que, a cada ano a população abandona suas raízes, em nome do lucro e do discurso falacioso de uma modernidade sem valores... pena. Só perdemos, só nos distanciamos de nossas raízes com isso.
No coração, a doce lembrança de meninos e meninas em volta da fogueira, com suas adivinhas, simpatias, brincadeiras e fogos coloridos, aquece minha alma, que repete o poema matuto de Jessier Quirino, parafraseando Bandeira: Vou-me embora pro passado...
Lá, certamente, ouve-se Gonzagão tocando xote, xaxado e baião ...
Eh, saudades...
Alagoinhas, Bahia, 21 de junho 2009
" Foi numa noite
Igual a esta
Que tu me deste
O teu coração
O céu estava
Todinho em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xote e baião no salão
E no terreiro o seu olhar
Que incendiou meu coração"
Não sei se rio ou se choro mas, vejo que basta mudar o figurino e o arranjo e o "hit" carnavalesco vira forró...Se não fosse os fogos e a fumaça, acharia que o carnaval nem acabou...
Lamentável ver que "musas e musos" de sempre, travestidos, mais uma vez, do que não são, exibem o show caça niquel do momento... Minha sensação é de que cultura popular, nesse país, é coisa de gente anacrônica, como eu...
Não vou dizer que fico feliz, com isso. O que sinto e vejo são preparativos de uma caricatura de festa junina, em que, a cada ano a população abandona suas raízes, em nome do lucro e do discurso falacioso de uma modernidade sem valores... pena. Só perdemos, só nos distanciamos de nossas raízes com isso.
No coração, a doce lembrança de meninos e meninas em volta da fogueira, com suas adivinhas, simpatias, brincadeiras e fogos coloridos, aquece minha alma, que repete o poema matuto de Jessier Quirino, parafraseando Bandeira: Vou-me embora pro passado...
Lá, certamente, ouve-se Gonzagão tocando xote, xaxado e baião ...
Eh, saudades...
Alagoinhas, Bahia, 21 de junho 2009