Série Ego em Prosa - 8) Sobre amar e mais um pouco

Sobre amar e mais um pouco

Após assistir um vídeo enviado por uma colega, o tema de hoje será o amor.

Além de ter como música de fundo I Could Fall in Love With You, da cantora Selena, o vídeo é um retrato de vários casais em diversos lugares, nas mais variadas cidades, simplesmente demonstrando seu amor. Só que esse amor é espontâneo, sincero, público e declarado.

Você pode amar, ser amado, fazer amor, ter amor, doar amor, escrever sobre o amor, receber amor, demonstrar amor, falar ou ouvir sobre o amor, declarar seu amor por alguém. O amor existe nos mais diversos momentos e em várias formas. Contudo, tornou-se um sentimento que as pessoas tomam distância, não querem sentir, ver ou ouvir, porque remete a sofrimento, desilusão, decepção, dor. Basta liga o noticiário e vemos seu inimigo, o ódio, em ação: violência, drogas, assassinatos, desde crianças a idosos, fome, miséria, revolta, conflitos, guerras, guerrilhas, disputas. Onde está o amor? Alguém o viu?

Sim, ele está nas instituições de caridade, nos voluntários que lutam pelos animais, pelo meio ambiente, contra o câncer, a aids, as doença. O amor está a cada dia que começa, a cada vez que o Sol brilha no céu, a cada noite que as estrelas aparecem, mesmo com a poluição. O amor está em um bebê que nasce, uma planta que cresce, uma árvore frutífera, um terreno fértil, porque, em todos esses casos, o amor estava presente, mesmo que fosse pequeno, minúsculo, apenas uma fagulha quase apagada no fundo de cada um. E é assim que ele se encontra hoje, uma fagulha acesa em cada uma das pessoas que heroica e bravamente lutam por um mundo melhor.

Se elas cansam, desejam desistir? Algumas sim e até o fazem. Outras, mesmo nos momentos em que essa fagulha aparece apagar-se, elas encontram forças para viver mais um dia, correr riscos, enfrentar capitalistas, autoridades, corruptos, para que um mundo melhor seja construído. Esses sim, são os bravos heróis que devemos ter como exemplo, nos espelhar e, quem sabe, começar a acender nossa fagulha de amor e lutar, fazer nossa parte o mínimo que seja. Se cada andorinha carregar uma gota d’água para apagar o incêndio da floresta, juntos teremos mais força para combater os fantasmas e inimigos da nossa sociedade hoje.

Mais que isso, o amor não conhece preconceitos, hierarquias, sexo, raça, cor, origem, etnia, condição sócio-econômica. O amor é homossexual, heterossexual, é negro,branco, índio, cabloco, oriental, ocidental, alto, baixo, gordo, magro, punk, emo, rock, hippie, budista, evangélico, católico. O amor é uma energia livre, independente, que quando chega para ficar, fica mesmo. Às vezes até perdemos quem amamos, seja para a morte, para outro, ou o destino assim o fez, as circunstâncias, nossas escolhas. Mesmo assim, o verdadeiro amor é aquele que, mesmo que seja doloroso, sabe abrir mão em prol da felicidade do outro. E ele continua a existir, todo dia!

Existem tantas formas de amor! Amor fraterno, materno, conjugal, solidário. Amor pueril, adolescente, amor que invade com força, revolta, faz o mundo virar de ponta cabeça. A história do mundo sempre tem algum exemplo de amor maior, pessoas que lutam, sacrificam-se em prol de outra (ou várias outras). O amor está aí para ser vivido, seja em um romance, filme, novela, família, amigos, casais.

É até dificíl escrever sobre ele, o amor. É complexo, porque ele existe sob várias máscaras, em vários lugares. Por isso, simplesmente ame, ao máximo que puder, tudo e todos a sua volta, os animais, a natureza, sua casa, sua família, seu parceiro(a), o bairro, os vizinhos, mesmo aqueles ranzinzas que só reclamam e nunca dão bom dia. Ame intensamente, viva o amor, celebre o amor, mesmo que a vida às vezes seja revoltande, tediante, detestável, sem sentido. Somente o amor, com seus soldados como fé, esperança, harmonia, alegria, otimismo, fraternidade, solidariedade, compaixão, é capaz de tocar a tudo que ainda restar um mínimo de vida. Faça amor, doe amor, seja amor, respire amor. Não enjoa, não há contra-indicação. Só tomem cuidado: ele está acabando, estão desmatando e destruindo o amor.

Então, comece a cultivá-lo hoje em sua casa, escritório, carro, jardim. Plante-o em seu coração, em seus amigos, divulgue, espalhe, comece uma campanha, incentivando a todos a cultivarem o amor. Ainda há tempo de torná-lo fonte inesgotável! Ele é a única arma que temos contra os males que assombram nossas casas, famílias, crianças. Portanto, não deixem que ele morra com as florestas, os animais em extinção, a violência, tudo mais que existe. Amor também é perdão, perdoemos aqueles que nos fizeram mal, que destroem nosso mundo, independente do método que usam. Eles ainda não acenderam a fagulha de amor deles!

Amor é isso. Amar é isso. E mais um pouco.

Muito mais que esse pouco aqui colocado!

Gu Oliveira
Enviado por Gu Oliveira em 21/06/2009
Código do texto: T1660458
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