CRISE DOS 40

Em janeiro último meus 15 anos fizeram Bodas de Prata. Desde então, freqüentemente tenho sido vítima de “saudades inexplicáveis”. Sinto estranhas saudades de:

Mirabel: o delicioso biscoito que foi meu companheiro de infância e de muitos anos da vida adulta, sumiu há alguns anos sem deixar pista ( e não venham me dizer que temos biscoitos iguais, pois só Mirabel é Mirabel!)

Grapette: de garrafa , casco antigo (na minha opinião mais bonito que o da Coca-Cola). Nenhuma ligação com o refrigerante do mesmo nome, vendidos nos mercados em garrafas plástico molengo, Simplesmente não é a mesma Grapette!

Gaivotas: as gaivotas de pano que eram vendidas na praia de Copacabana nos anos 70. Era bucólico vê-las empinadas, voando paradas como pássaros impossíveis.

Cataventos: pedaçinho de papel colorido que provavam que quando se está feliz, pode-se até ficar girando no mesmo lugar.

Bala Juquinha: Onde andam as balinhas grudentas que toda criança recebia como troco?

Mas nem tudo está perdido. Dia desses, ao saber que um amigo estava indo para Petrópolis pedi que , caso encontrasse, comprasse caramelos D’angelo, especialmente os de goiaba. Pra quem não sabe, os caramelos D’angelo são os melhores que existem, do tipo de caramelos que o Scooby Doo comia, enormes, deliciosos. E eu nunca soube de outra marca que fizesse os tais caramelos de goiaba.

Pois meu amigo me trouxe dois pacotes, quase um quilo de caramelos, que eu levei menos de três dias para devorar.

Pelo menos essa saudade eu consegui matar!

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