O desconhecido

Especialista, expert, adepto, quem se dedica, simpatizante etc. Os mistérios que permeiam o inconsciente coletivo classificam os afetados por eles nos mais diversos níveis de envolvimento. São temas considerados pela maioria como crendices, cujas “provas” podem depender de fé ou de experiências pessoais intransferíveis e, portanto, difíceis de serem aceitas pela maioria. Coisas até praticadas por grande número de pessoas (adeptos ou não) entrariam nesse rol, mas como envolvem crenças, melhor não citar. O fato é que os mistérios (não comprovados cientificamente) exercem um fascínio sobre a humanidade desde a sua mais recôndita existência. Confesso que já fui seduzido por alguns, enquanto outros me aguçam a curiosidade, mas dão um pouco de medo e por isso os tenho deixado de lado. Claro que fica difícil falar deles sem citá-los, porém meu objetivo é unicamente abordar o tema “mistérios”. Vou deixar para o leitor escolher o que mais lhe instiga para que pense a respeito sem sugerir nenhum especificamente. O fato é que eles ocupam um bom pedaço de nossa formação (exceção aos céticos de carteirinha) e “humanizam” as pessoas tirando-as daquela postura friamente científica dos fatos. Na verdade, os “místicos”, em qualquer grau, acabam por dar significado ou, no mínimo, uma versão mais fantástica aos eventos que a ciência ainda não conseguiu explicar. Evidentemente, muitos destes temas são, como qualquer outro, objeto de exploração comercial com alto grau de sofisticação e assim de fácil sedução reduzindo ainda mais as possibilidades de fidedignidade, mesmo que contraditoriamente seja o meio comercial o canal de se viabilizar a comunicação em grande escala. Aliás, um dos mistérios poderia ser descobrir-se aonde começa e termina a verdade de cada texto que se lê (no caso da mídia escrita). Mas não é desse tipo de mistério que trato e sim dos que nos fazem queimar etapas, fazer a nossa imaginação transcender os limites dos sentidos e conjecturar ou mesmo acreditar no intangível.