A morte de Michael Jackson

Nunca imaginei a morte de um ídolo, assim como não imagino a morte de uma mãe ou de um filho. Lógico que não há comparação entre ambos, cada um tem seu significado, sua relevância em nossas vidas... No entanto, continuo afirmando que, por mais que queremos, custa entender e aceitar a morte destes. É mais fácil refletir sobre a nossa morte, do que a de um ídolo, ou melhor, uma alguém que aprendemos apenas admirar sem precisar entender.

Quem nunca teve, por um breve momento, aquela sensação da morte, ou talvez, aquela vontade súbita de morrer? Mais perder um ídolo é indiscutível. A primeira sensação é de choque, não acreditar na realidade dos fatos. Segunda sensação é buscar respostas, por quê? E a terceira e mais causticante é as recordações, as imagens indeléveis em nossos pensamentos, sempre permeados de bons momentos; pessoas, lugares, histórias e saudades.

Michel Jackson foi um desses ícones que surgem de mil em mil anos. Carismático, inteligente, diferente. Desde cedo encantou o mundo com sua voz e seu talento. Conquistou legiões de fãs (incluo-me nestes), em diferentes gerações. É imitado nos quatro cantos do mundo. Invejado por muitos, reverenciados por todos. Não há quem não conheça uma música desse grande artista, não há quem nunca dançou ou viu alguém dançar seus inconfundíveis passos rastejantes para trás ou seus movimentos sincronizados de braços e pernas desafiando as leis da gravidade, uma leveza e simbiose aos olhos extasiados de quem viu, ouviu, dançou e curtiu.

Ainda criança, assustei-me com thriller, após o susto a magia e a imitação na escola. Três anos depois o medo deu lugar à emoção em USA for África, pra mim, a música mais perfeita que já ouvi ali vozes eternas se juntaram a genialidade do ídolo Michael... Algo comparado só aos deuses do Olímpo, na Grécia Antiga. Mais tarde, já na adolescência, conheci black or White, e pude entender alguns conceitos éticos; como racismo, cultura e social até então desconhecido para um garoto na juventude.

Tive o privilegio de vê-lo em São Paulo e, sem duvida nenhuma, foi o maior astro da música que já existiu.

Para quem não acompanhou sua trajetória artística fica minha mensagem: “Ídolos não morrem (Beethoven, Elvis, John Lennon, Michael Jackson) permanece cada vez mais vivo no tempo, na arte e na história.”

Descanse em paz!

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 26/06/2009
Reeditado em 17/08/2022
Código do texto: T1668352
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