A solidão nos aproximou

Pela internet encontrei pessoas muito interessantes, divertidas, inteligentes, de bom convívio. O convívio ideal. Aquele tipo de gente que queríamos levar pra uma ilha deserta. Tirando o mal pela raiz, encontrei igualmente o oposto. Mas fazendo um balanço detalhado o faturamento foi muito favorável ao lucro de amizades a inimizades que encontrei. Acredito que eu tenha sido o inferno astral de muita gente e ate duvido se muitos já não me condenaram a uma visitinha ao limbo. Não posso afirmar que sou o melhor dos indivíduos. Se soubesse me calar teria duas coisas interessantes: não teria encontrado pessoas especiais e não teria arranjado inimigos declarados. Difícil interagir sozinho e não me ensinaram o zen budismo suficientemente bem explicado. Tenho o sonho em ser pacifico, não falar muita bobagem, parecer mais gente boa do que aparento ser. Antes me via assim bastante calmo, sem responder ofensas, delicado no trato, respeitoso. Agora basta ameaçar pisar no meu pé que já reajo ferozmente. Penso no que aconteceu pra que uma pessoa delicada se transformasse numa pessoa agressiva. Um dia ser água no outro ser vinho e se brincar no terceiro dia ser vinagre. As respostas todas decoradas pra que o pensamento funcione perfeitamente. Penso que foi devido as muitas decepções que tive. Penso que foi não saber muito de matemática, difícil muito complicado contar ate dez sem respirar. Penso tantas coisas equivocadas, uma confusão mental e ao pedir ajuda me confundiram mais ainda. Uma poetisa amiga me aconselhou pro bem. Apesar de não seguir ainda discuti com ela. Com muito idéia no lugar falou-me que ser violento dá prazer. Disse a ela que muitas pessoas de boa índole são violentas e quando agridem se machucam mais, sem o princípio de prazer envolvido nessa história. Minha mãe sempre me bateu, mas minha mãe é a pessoa mais adorável do mundo, tem medo de sapo e se mija toda quando ver uma barata. E acredito que quando ela batia nos filhos sofria mais de quem apanhava. Talvez por achar que o conhecimento que tava oferecendo era insuficiente. Que bater educa. Conheço gente que acredita que a violência educa mais que o diálogo. A poetiza é minha amiga não a toa. Ela acha tudo o contrario do que penso. Tambem quando não é exagerado é bom ter alguém que funcione como espelho e te faça ver de outro angulo. Ela acha que o diálogo é mais útil e eficiente que qualquer tipo de agressão, tanto física como psicológica, emocional ou religiosa. so não me explicou direito oinde esta o prazer nisso. Não acredito que um tapinha não dói, não dói em quem bate, lógico. E que a educação no Brasil não funciona porque não se ensinam a dialogar, a refletir, muito menos a buscar outros caminhos que não o conflito. Mas o que ela falou e discordei, depois fiquei refletindo a respeito, que a maldade existe porque ser mal é prazeroso. Como as pessoas especiais de minha vida a conheço apenas pela internet, espero quando a conhecer seja esse fundo de bondade no coração realmente, mas até La vou ficar desconfiando de tudo que parecer suspeito e descrédito que exista pessoa boa de ótima índole honrada e corajosa realmente e não apenas virtualmente.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 03/07/2009
Reeditado em 03/07/2009
Código do texto: T1679757
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