Os Homens Preferem As Loiras
  (The Blonde Mistique)

Se tem algo que eu gosto na TV por assinatura é a possibilidade de experimentar novos programas, especiais, séries e até mesmo filmes feitos somente para a televisão.
Foi numa destas possibilidades que me deparei com o documentário "THE BLONDE MISTIQUE" - o qual passou na GNT (canal que vale a pena conferir). Mas, enfim, o que me atraiu não foi apenas o tema - Será mesmo que os homens preferem as loiras? - e sim a forma como foi conduzido, juntando 03 (três) mulheres diferentes (uma morena, uma loira e uma negra) para por a prova este tão comentado mito. Primeiro elas vivem três situações com sua cor natural de cabelo, depois trocam (quem é morena vira loira, quem é loira vira morena) e voilà! Capturam os resultados. E neste desenrolar todo foi que comecei a analisar  e perguntar-me: Será que realmente existe a tal "mística" sobre as loiras? E os esteriótipos - loira burra, loira fácil, loira indefesa - ainda moram em nossa sociedade? Pois é, os resultados alcançados pelo documentário não mentem: Existe sim! Vejamos:
O primeiro experimento foi simples; O carro querbrado na beira da estrada. Adivinha quem recebeu mais ajuda? Pois é, a loira mesmo. Mas não foi apenas o auxílio que veio, inclua-se a pegunta: "Você por um acaso não esqueceu de abastacer?" Fato que não ocorreu com nenhuma das morenas. Seguiu-se com uma entrevista na rua, perguntando a idade de cada uma, a loira levou vantagem, ficou aquém da sua idade. As morenas, nem a mais, nem a menos. O último foi saber quem era mais paquereda, seguindo a mesma linha: A loira, que reclamou por ter sido algumas vezes vítima de obscenidades, ao contrário das outras duas.
Para quem estava pensando: "Ah, mas deve ser a mulher e não a cor do cabelo que causou tais resultados". Enganou-se. Para o espanto de muitos, incluindo meu, após a transformação a que passou a ser morena acabou sendo tratada com mais seriedade, e as que passaram a ser loiras o oposto!
A fim de explicitar melhor o porquê de tais resultados, convidou-se profissonais de várias áreas para analisar os resultados. Conclusões? Bom, falou-se de um encantamento natural por serem consideradas raras, além de serem vistas como dependentes (aparência infantil), o que pode causar uma impressão primária de serem mais divertidas, mais acessíveis e não tão responsáveis. Além de outros tantos pré-conceitos!
Claro que em momento algum elas mudaram de personalidade; que a primeira visão causada pela aparência, no fim, pouco significa. Mas o documentário fez-me pensar até onde cada um de nós dá espaço para que tais esteriótipos mantenham-se? E não falo só do dito "Blonde Mistique", também questiono nossas posições perante a alguém que gosta de um visual mais dark, por exemplo, ou daqueles que totalmente despojados são... O que pensamos de cara? E como reagimos? Por mais que apregoamos sermos desprovidos de preconceitos, não é verdade. E digo isto começando por algo tão corriqueiro quanto cabelos e suas cores.

É melhor ser loira ou ser morena?

Não sei. Adoro ser morena, gosto de não medir nem 1,60m e não me imagino sendo super magrinha, estilo top model. Quanto a impressão que vou causar aos outros? Nem quero saber! Independente dos esteriótipos... quero ser eu! Então seja você uma morena magnética, uma loira felina, uma ruiva misteriosa ou dona de cabelos multicoloridos... Siga seus instintos, tranforme-se em alguém além das aparências e ARRASE!

Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 03/07/2009
Reeditado em 06/07/2009
Código do texto: T1680581
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