FELICIDADE - MAIS UMA PALAVRINHA



IMAGEM DA INTERNET

Participando de uma reunião em uma ONG onde sou voluntário, e durante o exercício chamado “Vida Plena”, fomos convidados a falar sobre um tema que vem sendo exaustivamente discutido, desde que o mundo é mundo: a felicidade.
 
            A Vida Plena é uma atividade interessante, que convida o participante a expressar sua opinião sobre determinado tema. Em nenhum momento faz-se menção ao que já foi dito por outro participante e as colocações são feitas na primeira pessoa do singular.
 
            Dizia eu que o tema proposto foi a felicidade. Fala-se tanto nela que, para se ter uma ideia, apenas no Google encontrei 4.370.000 menções somente em sites do Brasil, e o que não faltam são as frases e os pensamentos de ilustres e também de não tão ilustres.
 
            A busca pela felicidade sempre foi algo que desafiou o homem. Uns teimam em dizer que “a felicidade não existe, existem momentos felizes”. Muito bem, então eu concluo que “a tristeza também não existe, existem apenas momentos tristes”. Outros afirmam que a felicidade está onde nunca vamos procurar: dentro de nós mesmos. Existe até uma historinha que circula na internet desde que a rede mundial foi criada. Passa um tempo, vem outro tempo, e com ele a historinha de novo. Tudo bem, são coisas típicas da internet.
 
            Dizem também que a felicidade assusta e que temos muito medo dela. Ainda na reunião sobre a qual falei no início deste texto, uma das colegas disse: “estou vivendo um momento muito feliz; às vezes até paro pra pensar se é tudo verdade mesmo!”... Quer dizer, se somos felizes, vem a dúvida. Por quê?
 
            Não sei se essas reações todas tomam conta de nós pelo fato de que a nossa felicidade possa incomodar e causar inveja aos outros. Isso acaba nos amedrontando e fazendo com que percamos a liberdade para sermos felizes na plenitude da vida.
 
            Mas, como já existem tantos textos, tantos tratados e tantas definições para a felicidade, desnecessário ficar aqui me alongando sobre ela, correndo o sério risco de tornar-me escancaradamente repetitivo. E alguém pode ainda matutar: “acho que eu já li isso em algum lugar”. Seria muito desagradável.
 
            Escrevi essas linhas para colocar aqui o que para mim vem a ser a definição mais simples e mais perfeita de felicidade, pois a vida está ali resumida. Seu autor é o nosso escritor gaúcho Érico Veríssimo (1905-1975), autor de “Olhai os lírios do campo”, “O tempo e o vento”, “Incidente em Antares”, entre tantas obras magníficas. Esta é a frase: “Felicidade é ter a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente”. 
 
 
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