TERNOS SÃO OS AMORES ETERNOS

Há amores que marcam nossas vidas como se fossem cicatrizes na alma. E, quando venta ou quando chove, estas cicatrizes doem. Somente nós sentimos estas dores, ninguém vê ou sente o nosso sofrimento e as dores que sentimos.

Amor eterno é assim. O outro pode ir embora, pode nos fazer sofrer, mas nós não o esquecemos. Ele ultrapassa a vida, vai além da morte, vai além do tempo.

Há vezes em que as circunstâncias separam duas almas que se amam, mas o amor perdura porque o amor é atemporal, imortal e eterno.

Amor quando verdadeiro não precisa de explicações, não precisa de razão, ele existe, ele sobrevive a tudo – eternizando-se.

Quando encontramos um desses amores, não o perca de vista, pois ele vai deixar marcas, vai sobreviver, então é melhor preservá-lo, tê-lo junto a si.

É incrivelmente belo o amor entre almas gêmeas. Na maioria das vezes não é necessário falar, eles se entendem, reconhecem os desejos um do outro nem nada ser dito, numa cumplicidade admirável.

Um dia ouvi a estória de um desses amores eternos... Havia um senhor em que a esposa teve que ser internada numa casa de saúde. Ela sofria, além de outros problemas, do mal de Alzheimer e não reconhecia mais ninguém, mas o marido vinha todo final de semana visitá-la e almoçava com a companheira. Foi questionado por uma enfermeira sobre tal atitude já que ela não o reconhecia, ao que ele respondeu: ela pode não lembrar de mim, mas eu lembro muito bem dela e tudo o que vivemos. É terna e comovente esta situação.

Amor eterno é assim. O outro não precisa ficar doente ou esquecer da gente, nós não o esquecemos. Muitos nem são correspondidos, mas o amor existe. E quando se é correspondido é melhor ainda.

Amores eternos são ternos, são doces, e quando correspondidos vão além da vida...

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 16/07/2009
Reeditado em 12/04/2013
Código do texto: T1702734
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