Questão de Escolha!

Dúvidas. Quem não as têm? Que caminho devo tomar? Qual roupa usar? No meu caso, qual cerveja tomar? Em qual Bar?. Nossa vida não teria graça nenhuma se todos os dias não nos deparássemos com uma dúvida se quer, uma apenas. Bom, penso eu, que isto comece logo pela manhã no ato de escolher roupa. No meu caso não tenho “dúvida” nenhuma, acordo não sabendo nem onde estou, pego qualquer calça (sempre Jeans), um sapato (sempre Preto) e uma camisa, (esta de qualquer cor) e vou pro Estágio.

Temos dúvidas em tudo, das coisas mais banais até as mais decisivas. Quem dera tivesse a duvida do rapaz da novela em escolher entre a Mariana Gimenez ou a Cléo Pires, a “violoncelista certinha” ou a “motoqueira doidona”. Neste caso ficaria com a motoqueira doidona, embora acho a “violoncelista certinha” muito mais bonita, porém por motivos pessoais, nada de violoncelista em meu caminho, adquiri um trauma, mas prefiro não comentar. Minhas dúvidas não passam nem aos pés deste pobre infeliz que tem duas maravilhas em sua mão.

A dúvida nos leva a cometer muito erros também, assim como acertos inesperados. Pela duvida nos arriscamos, tentamos e muitas vezes, na maioria dos casos, nos demos muito mal. Parece incrível, mas sempre que estamos com alguma duvida escolhemos a coisa errada, como por exemplo: As provas objetivas. Nestas provas sempre temos cinco alternativas, então começamos a resolver-la. De cara eliminamos sempre três, pois então ficam apenas aquelas duas últimas. A dúvida continua, pois estas questões só mudam uma palavra, sempre uma palavra afirmativa e outra negativa sobre o mesmo assunto. Duas alternativas apenas. O que acontece? Você escolhe a errada. Sempre é assim, pois quando você sabe a resposta certa não precisa eliminar outras alternativas, vai direta naquela correta.

Comentei acima que sem a dúvida a vida não teria graça nenhuma. Realmente não tem, se tudo fosse correto, afirmativo, sem qualquer dúvida, não seriamos seres humanos. Viveríamos num planeta mecânico, onde não se haveria questões a discutir, uma música diz isso. “Era uma vez um planeta Mecânico, Lógico, onde ninguém tinha Dúvidas. Havia nome para tudo, para tudo uma explicação!”. A dúvida levou a evolução científica, a dúvida levou ao aprimoramento do pensamento religioso e político. Amplas discussões da humanidade se deram pelas dúvidas como: O que seremos do Futuro? Qual o significado da Vida? Origem de tudo? Foi com dúvidas que o homem progrediu, evoluiu filosoficamente, sociologicamente, resumindo, pelas dúvidas nos civilizamos.

Temos necessidade de duvidar. Mesmo que isso leve até a ultimas conseqüências. Como é o caso da Religião, as vezes o homem duvida da existência de um Deus, as vezes até eu duvido. Assistí novamente aquele filme Cruzada com o Orlando Bloom, muito bom o filme. A história principal do filme não seria esta, mas nele é comentado a questão das Cruzadas, da Guerra Santa, onde Jerusalém era o local de se redimir de todos os pecados, levando-se em conta que os pecados eram perdoados matando muçulmanos, estes considerados de uma religião profana pois não cultuavam o Deus do Catolicismo, algo que não vou comentar, por enquanto, é sobre religião. Mas no decorrer do filme alguns personagem filosofavam sobre a existência de Deus, lá, na Terra Santa, não era lugar de Deus ou que Deus havia esquecido uns e outros Templários. Engraçado, os templários eram “guerreiros de Deus”, eram enviados para as Cruzadas para lutar por Deus e eles mesmos tinham dúvida sobre a existência de Deus. Interessante, até neste momento histórico onde você teoricamente é convencido a lutar por algo e acaba por duvidar deste.

Raciocinamos advindo de uma dúvida. Não pensamos em algo por apenas pensar, por tentar arrumar uma solução, pensamos porque duvidamos, até mesmo de nossa própria capacidade lógica. Antigamente, até a atualidade, tudo aquilo que não possui explicação lógica deduzimos que seja por criação Divina, até o ponto em que alguém duvida disso. Então, quem duvida, estuda e resolve o problema em questão. Por Exemplo: até o século XVIII deduziam que os raios eram despejados na terra por Ira Divina, até que Benjamin Franklin duvidou de tal teoria e em 1753 D.C. mostrou ao mundo sua teoria que os raios se formam por causa das nuvens de água carregadas que adquire carga magnética negativa e com a terra em estado neutro para se igualarem em suas cargas, a nuvem se aterra e com esta teoria por tabela Franklin inventou o para raio. (Curiosidade, o raio sempre vai de cima para baixo, pois a nuvem está carregada negativamente e estas cargas 'eletrons' são as que se deslocam).

E graças a Deus que temos as Dúvidas, sejam elas do dia a dia como qual sabor do sorvete ou questões mais prolixas como a mutação genética decorrente dos raios ultra violetas nos átomos de carbono. Isto é que nos Fazem ser o que somos, Humanos, não que somos perfeitos, isto jamais seremos, mas nos põe a uma capacidade única. A de Duvidar.

É Apenas uma questão de escolha!

Guilherme Danna

05/06/2006

Danna
Enviado por Danna em 06/06/2006
Reeditado em 06/06/2006
Código do texto: T170285