666 e o fim do mundo

6/6/06 às 6:6:06 h... e continuo a esperar o fim do mundo, que, não pela primeira vez é alardeado por fanáticos no mundo todo. Não, o nosso mundo físico não acabou, felizmente, embora os homens de poder se empenhem ferozmente em inexplicável empreitada.

Mas, nosso mundo ético e moral, acabou há muito tempo, nossas relações humanas, do simples ‘bom dia’ ao encontro entre diplomatas do 1º mundo, esse sim, já era!

Em todos os lugares, de guerrilhas urbanas às guerras entre continentes, os homens tem se digladiado em nome de religiões obscuras e filosofias políticas e econômicas traiçoeiras, que, em todos os casos dizima o pouco que ainda resta de humanidade em nós. O mundo realmente acabou, aquele mundo utópico, que ainda hoje, é ‘sonho de consumo’ de poucas pessoas neste planeta. O chavão que escuto desde que nasci: ‘O futuro é das crianças’, ou, ‘Esse é o país do futuro’, entre outros, deixou de significar algo importante, para apenas ser mais uma frase de efeitos em livros escolares e publicações pseudo-otimistas.

Devemos a todo custo resgatar o mundo moral, de respeito alheio, de amor, de solidariedade. Não devemos esperar que o ‘futuro’ nos encontre, e sim, fazê-lo acontecer agora, no presente, para que possamos lá na frente, ter o que comemorar.

Antes de uma reforma política, precisamos urgentemente de uma reforma humana, íntima, de princípios, que faça cada um de nós olhar para o outro e para o mundo ao nosso redor, como se fossemos um só.

Não temam o 666, mas sim os homens que acham, orgulhosos de sua ignorância, que estão certos com filosofias existencialistas e imediatas, esquecendo de seus próprios filhos e netos.

É urgente que mudemos a condição humana, para uma mais humanista e direcionada ao meio ambiente e ao próximo.

Alexandre Costa
Enviado por Alexandre Costa em 06/06/2006
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