DESTINO

Eu tinha 5 anos de idade quando meu pai me levou pela primeira vez a um jogo de futebol. Morávamos na Urca e fomos ver Botafogo x Madureira no velho estádio de General Severiano.

Aos 40 do segundo tempo o Botafogo perdia por 2 x 1. A torcida irritada, vaiava. Meu pai, triste. E eu, já sabendo que um tempo em futebol tinha 45 minutos, soltei a pequena pérola:

Tem terceiro tempo, né pai?

Não filho, não tem!

Não sei expressar o desespero que tomou conta de mim naquele momento. Tudo que eu queria na vida era que meu pai não ficasse triste.

Então, como se fosse para realizar meu desejo, o Botafogo empatou o jogo.

Não percebi que ali estavam selando meu destino:

Vai Victor, vai ser botafoguense na vida!

E desde então, como o meu amado Botafogo, tenho tido um destino árduo, embora , algumas vezes, glorioso!

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