Pessoas São Como Flores

É madrugada, Maria Rosa não consegue mais dormir, anda pela casa, abre a janela, olha para o jardim. Começa a refletir como cada uma das pessoas é.

Às vezes elas não desejam ser o que são outras já são exatamente o que desejam ser.

Nesta reflexão, Maria Rosa imagina que o mundo é um imenso jardim, que cada ser humano seja um tipo de flor, como estas que ela pode ver através da janela banhada pela luz do luar.

Ela pensa que se todos observar bem, verá que tem flores que são mais viçosas do que outras destacando mais no meio de uma centena delas. Assim são certas pessoas, já nasceram para brilhar, para sobressair, tem luz própria.

Outras, são apenas flores, não causam nenhum efeito, nem admiração, todos olham porque elas estão lá sem enfeitar, somente para ocupar lugar no tempo e espaço.

Já têm algumas que são simples ramos que todos sabem estão lá, e não representa nada, não chamam atenção, não diz nada, se não existisse não faria diferença.

Como tem as que já nasceram como flores mortas, são apagas ninguém olha, porque não vale apenas perder tempo olhando. Aliás, só atrapalham a beleza do jardim.

Podendo muitas das vezes tornar um fardo pesado, incomodando aos que estão a sua volta, ninguém entende como elas estão lá. Elas são tão apagadas que todos pensam que tem espinhos.

Espinhos? Ninguém gosta! Mas se alguém aproximar estender suas mãos, começar a regrar com carinho, ternura e dedicação, poderá descobrir que aquela flor murcha, sem viço, formosura, poderá desabrochar transformar em uma flor bela, para quem tem tempo de cultivá-la.

Pena que todos só notam e gostam das belas flores, elas sim, já são belas. Ninguém quer ter ao seu lado uma flor murcha, porque os outros olharia , balançaria a cabeça em uma reprovação muda, silenciosa, como se estivesse dizendo, com tantas flores belas e viçosas, para que perder tempo com flores murchas.

Neste mundo, o que conta são somente o que os olhos podem ver.

Maria Rosa, pensa... Nossos olhos não gostam de ver nada apagado e feio, o belo é que realmente conta sempre, neste mundo os diferentes não tem vez, porque todos pensam que ele foi feito somente para os belos.

O sono chega, Maria Rosa fecha a janela e vai se deitar, mais antes, deixa essas perguntas a você para sua reflexão, para que possa responder a si mesmo.

Que tipo de flor você é?

Que tipo de flor gostaria de ver?

Que tipo de flor gosta?

Que tipo de flor cultivaria?

Lucimar Alves

Dentro de um jardim florido

Eu seria bem global usando

Os cincos sentidos, procurando,

Ser igual seduzido pelo cheiro

Também pelo visual, acolhendo,

As mais frágeis admirando a mais,

Viçosa, tirando o espinho da rosa

Para não me machucar, se eu

Pudesse ser uma delas gostaria

De ser bela aos olhos de que me

Visse, não teria traumatismo se Por causa do sofismo alguém.

Se quer me enxergasse...

Miguel Jacó

Poeta, muito obrigada pela linda interação!

Adorei!

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 08/08/2009
Reeditado em 09/08/2009
Código do texto: T1743954