"DO OUTRO LADO DA PORTA" Crônica de Flávio Cavalcante

DO OUTRO LADO DA PORTA

Crônica de:

Flávio Cavalcante

É próprio do ser humano sentir medo do desconhecido. O outro lado da porta incomoda e causa pânico em muitas pessoas de formas variadas. Esse medo é natural até ser ponto, desde que controlado. As pessoas têm reações adversas, por não conhecer o que vem pela frente.

A vontade é imensa de seguir em frente; mas o receio de dar o primeiro passo chega á um ponto de pensar duas vezes antes de abrir a porta. A covardia é montanhosa para alguns; outros já encaram o outro lado da porta com naturalidade e mete a cara sem temer de quebrar a cara adiante.

A vida nos proporciona a chance de abrir várias portas para o nosso próprio futuro. Acho particularmente esse medo benéfico e sendo assim uma coisa de esferas numa evolução gigantesca que até mesmo foge do entendimento. Talvez o mistério de Deus esteja por aí neste parâmetro.

Depois da porta escancarada sempre vemos o mundo diferente do que imaginamos. Um mundo de progresso ou problemático. No segundo caso, torna-se doloroso pelo fato de não termos crescimento espiritual para entender a dor de uma perda. Acho que o desconhecido é temido por este fato.

Mas não há outra forma a não a encarar de peito erguido. A porta fatalmente vai ter que ser aberta para cada um de nós. O que tem que fazer é encarar. Se do outro lado encontrar uma montanha de esfinges. Existe o problema á frente. A primeira pergunta que fazemos para nós mesmo é se problema tem solução. Se a resposta for positiva, então deixou de ser um problema; apenas a solução, na maioria dos casos são tardias, mas solucionáveis.

Então caro leito, não estamos nessa terra por acaso. Tudo nesta vida tem uma razão de ser e Deus, sendo soberanamente benéfico, não ia colocar um fardo tão pesado em nossas mãos, sabendo ele que não suportaríamos.

O outro lado da porta, podemos enxergar como uma passagem para evolução; tanto espiritual como carnal; uma escola para o desconhecido, onde iremos aprender desde o jardim de infância até o diploma da faculdade. O decorrer deste carrilhão é que causa esse medo de dar o primeiro passo, além dessa porta, descampada para a estrada da vida.

Temos a certeza que iremos atravessar essa porta; aliás, vamos ter que atravessar de qualquer forma. Não tem outra saída a não ser passar por ela.

O medo do que se vai encontrar do outro lado, é belévole sim. A natureza não seria tão insana á ponto de deixar este outro lado da porta como algo natural. Talvez se não carregássemos este sentimento de tormento e medo, não restasse um ser humano sequer pra deixar estas notas em pauta.

Devemos tentar superar este medo, atravessar a porta e viajar na estrada do destino em busca dos nossos maiores objetivos.

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 17/08/2009
Código do texto: T1758281
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